Com mil casos, litoral norte reabre praias e quiosques
Os quiosques de praia foram autorizados a montar até dez mesas para quatro pessoas, com 1,5 metro de distância
Os quiosques de praia foram autorizados a montar até dez mesas para quatro pessoas, com 1,5 metro de distância. Hotéis e pousadas funcionam com limite de 40% na ocupação. “Nossa prioridade continua sendo preservar vidas e por isso estipulamos horários diferenciados para evitar aglomerações“, explicou o prefeito Aguilar Junior (MDB). Caraguatatuba registrava ontem 309 infectados e 22 mortes por covid-19.
Em São Sebastião, com 455 casos e cinco mortes, a prefeitura liberou atividades ao ar livre, incluindo as praias. O turismo náutico foi autorizado com metade da lotação das embarcações. Academias de ginástica e escolas de natação podem atender com personal. Os restaurantes, inclusive quiosques, funcionam de segunda a sexta-feira, das 11 às 15 horas, com 30% da capacidade O self-service continua vetado. Hotéis e pousadas já podem receber hóspedes até a metade da lotação.
A prefeitura de Ubatuba reabriu as praias para esportes aquáticos. Os quiosques também voltaram a atender por delivery e à la carte, mas sem a colocação de mesas na faixa de areia. Os hotéis ainda não podem receber hóspedes – o retorno está previsto para 1.º de julho. O comércio em geral abre de segunda a sexta-feira, até as 19 horas. “Estamos seguindo os protocolos sanitários do governo estadual”, disse o prefeito Delcio Sato (PSD). A cidade tem 107 casos positivos e sete óbitos pelo coronavírus.
O secretário de Desenvolvimento Regional do Estado, Marco Vinholi, representante do Conselho Municipalista no comitê estadual da covid-19, disse que o governo de São Paulo indica o cumprimento da fase determinada pelo Centro de Contingência para resguardar a vida da população. “Mesmo com boas taxas de isolamento, as atividades com maior risco de contágio, como bares e restaurantes, poderão produzir um efeito de crescimento da pandemia nos municípios”, afirmou.
Campinas e Sorocaba vão fechar comércio
Prefeituras do interior paulista reagiram de formas diferentes à reclassificação de regiões anunciada nesta sexta-feira pelo governo estadual frente à pandemia do novo coronavírus. Rebaixada à faixa vermelha, a de maior restrição, a prefeitura de Registro anunciou que vai à Justiça para continuar na faixa laranja. Já a prefeitura de Campinas, que foi advertida sobre o risco de rebaixamento, mas continua na faixa laranja, decidiu fechar o comércio a partir de segunda-feira, 22. O Plano São Paulo rebaixou também a região de Marília para a faixa mais restrita, mas a prefeitura não pretende fazer a mudança, só ampliar a fiscalização. A prefeitura de Sorocaba, advertida sobre o risco de regressão da laranja para a vermelha, fechará o comércio.
A região de Registro foi rebaixada da fase laranja para a vermelha, a mesma que ocupava há duas semanas. A cidade-sede tem 229 casos e 7 óbitos pelo coronavírus – há um mês eram 53 casos e 4 mortes. O prefeito de Registro, Gilson Fantin (PSDB), disse que vai à Justiça para impedir a volta. “Fomos surpreendidos com essa reclassificação estadual para a faixa vermelha. Já mobilizamos a Secretaria de Assuntos Jurídicos para buscar na Justiça uma liminar que mantenha Registro e toda região na faixa laranja. Temos documentos oficiais que mostram que, nos últimos dez dias, permanecemos com 30% de ocupação de leitos de enfermaria e 20% dos leitos de UTI.”
O prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), mesmo sem ter sido ainda notificado pelo comitê, decidiu baixar decreto fechando o comércio de rua e dos shoppings por uma semana, a partir de segunda-feira. “É a atitude mais acertada pelo alto índice de ocupação de leitos e para salvaguardar a vida das pessoas. O momento exige isolamento maior.”
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