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Empresa de ex-senador Luiz Estêvão compra mansão em que moraram Dilma e Dirceu

Para fazer a venda, o governo abriu uma concorrência pública. Os valores oferecidos pelos compradores foram 44% superiores à avaliação mínima


Por Folhapress Publicado 31/01/2020
Reprodução

O Ministério da Economia vendeu por R$ 18 milhões dois imóveis na Península dos Ministros, área do Lago Sul, em Brasília, na qual moram integrantes da alta cúpula do governo, do Legislativo e do Judiciário.
O mais caro foi arrematado por R$ 10,8 milhões pela Bricco Construções. A empreiteira pertence ao grupo empresarial controlado pela família do ex-senador cassado Luiz Estêvão, atualmente preso na Penitenciária da Papuda, no Distrito Federal, por desvios na obra do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo.

A casa de 660 metros quadrados foi erguida em terreno com 1.800 metros de área. Nela, já viveram a ex-presidente Dilma Rousseff e os também ex-ministros da Casa Civil José Dirceu, Antonio Palocci e Gleisi Hoffmann.
A outra mansão foi arrematada por Eliane Aparecida Agatti dos Santos, empresária do setor de educação, por R$ 7,2 milhões. Tem 406 metros quadrados, em lote de 1.548 metros de área.
Abrigou ex-ministros das Relações Exteriores, como Antônio Patriota, Celso Amorim, Celso Lafer e Luiz Felipe Lampreia.

Para fazer a venda, o governo abriu uma concorrência pública. Os valores oferecidos pelos compradores foram 44% superiores à avaliação mínima estabelecida no edital da licitação. Uma terceira casa, também, posta à venda, não recebeu propostas e poderá entrar no prego de novo, com desconto de 25%.

A possibilidade de abatimento está prevista em medida provisória do governo, cujo objetivo é agilizar a comercialização de imóveis da União. Ao todo, a Secretaria do Patrimônio da União, vinculada à pasta da Economia, pretende alienar 425 imóveis em 2020 país afora. Eles estão numa lista de 3.800 que foram mapeados em 2019, classificados como vagos e disponíveis para uso.

“Esses imóveis, invariavelmente, são alvo de invasões, depredações e outras situações que impactam a gestão dos bens patrimoniais da União”, diz o ministério.
Uma das metas do governo é a de se desfazer de parte do seu imenso patrimônio imobiliário, como forma de levantar recursos para melhorar as contas públicas, reduzindo gastos e aumentando receitas.

Outro imóvel da lista é um terreno na Octogonal, outra área nobre de Brasília, com 65 mil metros quadrados, avaliado em R$ 252 milhões.

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