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Vacinação de adolescentes contra covid em SP fica sem data definida

O secretário de Estado de Saúde, Jean Gorinchteyn, oficiou o Ministério da Saúde pedindo o envio das doses que faltaram em até 24 horas


Por Folhapress Publicado 05/08/2021
Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

O governo de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (5) que não tem mais definição sobre a data de início da vacinação de adolescentes. A imunização da faixa etária de 12 a 17 anos começaria no próximo dia 18. O governo paulista disse que a data está em aberto depois de o Ministério da Saúde ter enviado menos doses da Pfizer do que o previsto. O governo diz que vai entrar na Justiça contra a redução de doses recebidas.

Em ofício encaminhado ao Ministério da Saúde, o governo de São Paulo e a Secretaria de Saúde de SP acusaram a pasta de enviar 50% a menos de doses da Pfizer. O Estado recebeu 228 mil doses do imunizante nesta semana, quando esperava que chegassem 456 mil.

“Diante do exposto, esta Secretaria de Estado da Saúde requer o envio complementar de pelo menos 228.150 doses da vacina Pfizer em até 24 horas, considerando a relevância e urgência que a matéria se reveste”, escreveu Jean Gorinchteyn, secretário estadual de Saúde. Ele afirma que não há risco de desabastecimento para aqueles que tomaram a primeira dose da vacina há três meses, mas que o cronograma para imunizar adolescentes de 12 a 17 anos poderá ser afetado.

O grupo só pode tomar a vacina da Pfizer, a única autorizada para esta faixa etária pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Os outros imunizantes usados no Brasil (CoronaVac, AstraZeneca e Janssen) podem ser aplicados apenas em maiores de 18 anos. São Paulo está com sua vacinação de adultos avançada, com quase 80% deles tendo tomado ao menos uma dose e 30%, duas inoculações.

Na quarta (4), o governador João Doria (PSDB) acusou o governo Jair Bolsonaro (sem partido) de “maldade adicional” com São Paulo. O presidente é rival político do tucano, e sempre que pode ataca o programa estadual de vacinação e a CoronaVac, imunizante chinês trazido por Doria para produção no Instituto Butantan. Para Doria, há boicote e arbitrariedade do governo federal no episódio. O tucano disputa as prévias do PSDB para decidir quem será o candidato do partido a presidente no ano que vem.

A ação se insere num momento de alta tensão entre Bolsonaro e o Judiciário. O Supremo o incluiu na investigação do inquérito das fake news devido à live na qual questionou o sistema eleitoral, afirmando sem provas que há fraude nas urnas eletrônicas. Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral abriu inquérito administrativo sobre o mesmo tema. Ambas as ações podem, ao fim, gerar sua inegibilidade em 2022. Bolsonaro reagiu com agressividade e, na noite de quarta, afirmou que poderia usar “armas” fora das “quatro linhas da Constituição” porque o inquérito no Supremo seria ilegal.

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