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Tempestade de meteoros acontece na madrugada desta terça (31); saiba como ver

Mesmo que haja grande expectativa pela tempestade, o impacto visual é incerto


Por Folhapress Publicado 30/05/2022
Tempestade de meteoros acontece na madrugada desta terça (31); saiba como ver
Foto: Pixabay

Uma tempestade de meteoros, que pode ser uma das maiores vistas desde o século 19, está prevista para a madrugada desta terça-feira (31). No Brasil, as regiões Norte e Centro-Oeste são os locais com maior facilidade de observação do fenômeno.
Uma tempestade de meteoros é uma chuva de corpos celestes com algumas peculiaridades. Segundo a Bramon (Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros), essas tempestades ocorrem quando há uma fragmentação de um cometa ou asteroide. O evento resulta em várias partículas sendo ejetadas, formando nuvens densas desses materiais no espaço.

Lauriston Trindade, que faz parte da Bramon desde 2015 e possui uma estação de monitoramento de meteoros em Maranguape, no Ceará, explica que essa tempestade envolve o fluxo de mais de 1.000 meteoros por hora. Já as as chuvas têm uma quantidade menor, com uma média de 100 meteoros por hora.
“A terminologia tempestade de meteoro indica que vai ser um evento muito intenso. A expectativa é que existam milhares de meteoros por hora”, completa. Segundo Trindade, a intensidade do evento deve ser tão alta que a última vez que ocorreu algo desse nível foi em novembro de 1833, há quase dois séculos.
No caso dessa tempestade que ocorre nesta madrugada –chamada de Tau Herculídeas–, o objeto que se fragmentou foi o cometa 73P/Schwassmann-Wachmann.
Trindade conta que o cometa foi descoberto em 1930 e era considerado desinteressante por ser muito pequeno. Mas o cenário mudou em 1995. Naquele ano, astrônomos estavam acompanhando o cometa e viram algo diferente.

“Eles perceberam que o núcleo dele havia se quebrado e ele se fragmentou em quatro blocos. Isso fez com que muito material fosse lançado no espaço”, afirma. Em 2006, foi observado algo mais estranho ainda: os quatro pedaços tinham se fragmentado em 68. “Muita poeira e material foi lançado no espaço. A expectativa é que [na madrugada de 31 de maio] a Terra cruze a parte mais densa dessa nuvem de material que foi lançada quando o cometa se partiu”, diz.


Observação nos estados No Brasil, será possível enxergar a tempestade de forma parcial. As regiões Norte e Centro-Oeste são as mais privilegiadas: segundo a Bramon, estima-se que estas localidades tenham uma média de observação entre 30% e 50% do máximo esperado. Para as outras regiões do país, a média deve ser entre 10% e 30%.


O valor parece pequeno, mas ainda assim pode ser um fenômeno peculiar. A Bramon estima que, em um cenário ideal com 100 mil meteoros por hora, moradores dos estados do Acre, Roraima e parte do Amazonas poderão visualizar até 57 mil dos corpos celestes. Neste mesmo cenário ideal, habitantes do Amapá, Rondônia, partes do Pará, Amazonas e Mato Grosso poderão observar em média 42 mil meteoros.
A maior parte do estado de São Paulo está na taxa com menor observação –nas melhores condições possíveis, os paulistas enxergarão cerca de 9.000 meteoros. Quando e como ver Enxergar um evento como esse é bem simples, já que não exige nenhum equipamento específico. Mesmo assim, algumas dicas podem ajudar. Conforme a Bramon, o interessante é se posicionar em um local que possibilite observar facilmente o céu, como quintais, jardins e varandas.

Outro conselho muito importante é optar por locais sem iluminação, pois fica mais fácil de observar os meteoros. Além disso, é importante se atentar ao horário. A Bramon afirma que por volta de meia-noite (no horário de Brasília) ocorrerá um primeiro surto de meteoros. Depois, por volta das 2h, ocorrerá outro momento, com maior intensidade. Sendo assim, a organização recomenda uma maior atenção por volta das 23h do dia 30 até por volta de 3h do dia 31.
Mesmo que haja grande expectativa pela tempestade, o impacto visual é incerto. “Nós não sabemos qual foi a velocidade que as partículas foram lançadas nem a quantidade. Então pode ser algo estonteantemente forte, como pode ser algo mais fraco”, diz Trindade.

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