Usamos cookies e outras tecnologias para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

General Mills, dona da Yoki, vai fechar fábrica no Paraná

A perda de empregos no município é estimada em aproximadamente mil, conforme a Secretaria de Indústria, Comércio, Agronegócio e Inovação de Cambará


Por Folhapress Publicado 13/01/2023
General Mills, dona da Yoki, vai fechar fábrica no PR
Foto: Reprodução

A multinacional do setor de alimentos General Mills, proprietária no Brasil das marcas Yoki, Kitano e Häagen Dazs, vai fechar a unidade da empresa em Cambará (PR) e transferir a linha de produção para Pouso Alegre (MG). O comunicado do fechamento da planta pela multinacional, sediada nos Estados Unidos, foi feito no último dia 9 à prefeitura do município paranaense, que ainda tenta convencer o grupo a permanecer na cidade.


A perda de empregos no município é estimada em aproximadamente mil, conforme a Secretaria de Indústria, Comércio, Agronegócio e Inovação de Cambará, sendo eliminados, do total, 700 postos diretos e cerca de 300 de empresas terceirizadas. Localizada no norte do Paraná, a cidade tem cerca de 25 mil habitantes.


Já a perda de arrecadação com o fim de retorno do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Prestação de Serviços), cobrado pelo estado mas que tem percentual enviado aos municípios, é de R$ 6 milhões por ano, também segundo a secretaria.


A empresa fabrica no município produtos derivados de mandioca, batata e amendoim. Conforme a General Mills, a unidade será fechada em dezembro de 2023. A multinacional justificou o fechamento da planta afirmando se tratar de uma decisão para melhorar sua competitividade e acelerar seu crescimento no mercado brasileiro.


“A General Mills está promovendo ajustes em suas atividades para redução de complexidades em sua operação, visando oferecer melhor nível de serviço aos seus clientes e consumidores no Brasil”, justificou a multinacional.


“A partir da otimização de sua cadeia operacional, a empresa deve criar condições para maior integração entre suas estruturas logística e de manufatura”, disse o conglomerado.


A secretária de Indústria, Comércio, Agronegócio e Inovação de Cambará, Angélica Cristina Cordeiro Moreira, afirmou que uma reunião com representantes da multinacional foi marcada para o dia 9, mas o assunto não foi revelado.


Integrantes da prefeitura tentaram argumentar pela permanência da empresa, mas foram informados que a decisão havia sido tomada pela sede da multinacional nos Estados Unidos.


Segundo a secretária, havia disposição de negociar isenção de impostos e concessão de uma área para expansão da empresa no município, caso fosse essa a necessidade. “É o pior cenário possível e imaginável”, lamentou a secretária.


Uma reunião entre representantes da prefeitura e do governo do estado está sendo organizada para discutir a situação e tentar fazer com que a empresa desista de fechar a unidade do município.
Ao mesmo tempo, porém, a prefeitura estuda caminhos para tentar amenizar os impactos causados na economia pelo fechamento da planta, a maior da cidade.


A empresa afirma que também busca atenuar esses impactos, oferecendo, além de verbas rescisórias legais, um pacote de desligamento, com bônus de salários, extensão de benefícios como vale-alimentação e assistência médica.


A multinacional afirmou em nota que vai “ofertar diversas oportunidades” de transferência para funcionários que queiram se mudar para Pouso Alegre, no sul de Minas.


A unidade da General Mills na cidade mineira existe desde 2007 e passará por ampliação para receber a linha de produção do município paranaense, segundo a multinacional.


A marca mais famosa fabricada pela empresa em Pouso Alegre é a pipoca de microondas Yoki. A planta na cidade de Minas tem aproximadamente mil empregados.

✅ Curtiu e quer receber mais notícias no seu celular? Clique aqui e siga o Canal eLimeira Notícias no WhatsApp.