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Líder do Centrão diz que Bolsonaro anunciará prorrogação do auxílio na 3ª-feira

Mais cedo, em evento na cidade goiana de Caldas Novas, o presidente Bolsonaro reafirmou que estenderá o pagamento do auxílio emergencial até dezembro deste ano, sem também especificar um valor


Por Estadão Conteúdo Publicado 29/08/2020 Atualizado 30/08/2020
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O líder do Centrão e aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), deputado Arthur Lira (Progressistas-AL), disse neste sábado (29) nas redes sociais que o governo vai anunciar na terça-feira (1º) a prorrogação do auxílio emergencial pago a informais e desempregados durante a pandemia do novo coronavírus. Na postagem, o deputado não faz referência ao valor das próximas parcelas do benefício.

“Na terça-feira vamos ao Palácio do Alvorada anunciar, junto com o presidente @jairbolsonaro, a prorrogação do auxílio emergencial, benefício tão importante para milhões de brasileiros que precisam dessa ajuda para enfrentar esse período da pandemia”, escreveu Lira.

Mais cedo, em evento na cidade goiana de Caldas Novas, o presidente Bolsonaro reafirmou que estenderá o pagamento do auxílio emergencial até dezembro deste ano, sem também especificar um valor.

“Ele é pouco para quem recebe e muito para quem paga. Vocês gastam por mês R$ 50 bilhões neste auxílio. Nós pretendemos, com um valor menor, que obviamente não será R$ 600, mas também não será R$ 200, prorrogá-lo até o final do ano e com isso fazer com que a economia volte à sua normalidade”, disse Bolsonaro ao inaugurar usina de energia solar do Grupo DiRoma, de propriedade da deputada do Centrão Magda Mofatto (PL-GO).

Nesta semana, o presidente teve reuniões com ministros, incluindo o da Economia, Paulo Guedes, para tratar da prorrogação do auxílio. Conforme o Broadcast/Estadão já informou, o governo deve prorrogar o auxílio emergencial até o fim do ano, com quatro parcelas de R$ 300, que é o valor defendido por Bolsonaro.

A ideia do governo é que a extensão do auxílio seja uma transição para um “pouso suave” no Renda Brasil, que substituirá o Bolsa Família e ainda está em estudo pela equipe econômica, que tenta encontrar fontes de recursos para o novo programa.

O anúncio do Renda Brasil ficará para um segundo momento para que Guedes tenha mais tempo para encontrar espaço para acomodar o novo gasto dentro do teto, que limita o avanço das despesas à inflação. O presidente quer um plano que não inclua a revisão ou a extinção de outros benefícios, como o abono salarial, por exemplo.

O auxílio emergencial foi criado originalmente para durar três meses – tendo como base os meses de abril, maio e junho. Depois, o governo prorrogou o benefício por duas parcelas – julho e agosto – por meio de decreto. O valor de R$ 600 foi mantido durante todo esse período. Para alterar o valor, será preciso a edição de uma medida provisória, que tem vigência imediata.

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