Nubank compra Easynvest e entra no mercado de investimentos
Por enquanto, clientes de uma plataforma não terão acesso à outra, mas o objetivo é integrar os serviços após aprovação da transação junto a Banco Central e Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica)
O Nubank anunciou a compra da corretora Easynvest nesta sexta-feira (11). Com a aquisição, o banco digital entra no mercado de investimentos, em um momento de juro baixo e grande demanda por ativos de risco.
Por enquanto, clientes de uma plataforma não terão acesso à outra, mas o objetivo é integrar os serviços após aprovação da transação junto a Banco Central e Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). O processo pode levar até seis meses.
Esta é a terceira aquisição do Nubank em 2020. O banco comprou a consultoria de tecnologia Plataformatec no começo do ano e adquiriu a empresa americana de engenharia de software Cognitect há dois meses.
“O mercado de investimentos no Brasil ainda é muito complexo, com produtos caros e muitas distorções. Quanto menos favorecido o cliente, piores são as opções de investimentos. Vamos solucionar isso, replicando o modelo Nubank de levar simplicidade e eficiência para as pessoas, usando tecnologia e difundindo o nosso valor de foco total no cliente”, diz David Vélez, fundador e presidente do Nubank.
Fundada em 1968, a Easynvest tem 1,5 milhão de clientes e mais de R$ 23 bilhões em ativos sob custódia. Seus acionistas, como o fundo de private equity (fundo de capital privado) Advent, se tornarão investidores do Nubank.
A corretora se destaca por não ter taxa de corretagem para investimento em renda fixa e garante que, até a aprovação do negócio pelos reguladores, os custos para clientes não mudam.
Com a preferência por serviços digitais na pandemia, o banco foi de 19 milhões de clientes no começou o ano para cerca de 30 milhões em setembro. A fintech brasileira reduziu seu prejuízo no primeiro semestre para R$ 95 milhões ante uma perda de R$ 140 milhões no mesmo período de 2019.
O Nubank é a segunda maior emissora de cartão de crédito do Brasil, atrás apenas do maior banco do país, o Itaú Unibanco, segundo análise do UBS.
Recentemente, o banco levantou US$ 300 milhões (R$ 1,6 bilhão) em investimento, de acordo com documento protocolado na Securities and Exchange Commission (SEC), regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos, em junho. Foram cinco investidores, não identificados.
Os atuais investidores incluem TCV, Tencent Holdings Ltd, DST Global, Sequoia Capital, Dragoneer, Ribbit Capital, Kaszek e Thrive Capital.
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