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Pagamento de impostos adiados faz arrecadação avançar 9,5% em outubro

De janeiro a outubro, o governo registrou uma arrecadação de R$ 1,18 trilhão


Por Folhapress Publicado 24/11/2020
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A arrecadação federal teve crescimento real de 9,5% em outubro na comparação com o mesmo mês de um ano antes, para R$ 153,9 bilhões. O avanço foi impulsionado pelo pagamento de tributos adiados durante a pandemia e, caso esse efeito fosse desconsiderado, haveria uma queda nos números.

A chamada receita administrada (que computa os ganhos com tributos, excetuando valores como aqueles obtidos com royalties de petróleo) foi de R$ 146 bilhões em outubro (avanço de 12,3% contra um ano antes). Desse montante, R$ 16,2 bilhões foram pagamentos de impostos adiados nos meses anteriores.

Retirando o valor obtido com tributos adiados, o valor das administradas cairia para R$ 129,8 bilhões em outubro. Isso representaria uma queda real de 0,18% na comparação com igual mês de um ano antes. O resultado total da arrecadação no mês também sofreria retração real, de 2% na mesma comparação.

Já a receita administrada por outros órgãos (onde entram fatores como exploração de recursos naturais e royalties de petróleo, por exemplo) foi de R$ 7,8 bilhões em outubro. O valor representa uma queda real de 24,6% em relação a um ano antes.

Os números sofrem efeito também do corte a zero do IOF aplicado sobre crédito, medida adotada durante a pandemia para baratear o custo dos empréstimos.
Considerando todos os efeitos, o avanço percentual da arrecadação em outubro é a maior já registrada do ano e a terceira variação positiva seguida. O valor obtido é o maior para o mês em quatro anos.

De janeiro a outubro, o governo registrou uma arrecadação de R$ 1,18 trilhão. O valor representa uma queda real de 9,45% em relação a igual período de um ano atrás e o menor valor obtido em 11 anos.

A Receita Federal afirma que o resultado do período acumulado foi bastante influenciado pelos diversos diferimentos decorrentes da pandemia de coronavírus. Os diferimentos somaram, aproximadamente, R$ 48 bilhões no período.

As compensações cresceram 87% no mês de outubro de 2020 em relação a outubro de 2019 e também apresentaram crescimento de 57% no período acumulado.

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