Rombo da Previdência bate recorde e avança para R$ 318,4 bilhões em 2019
O rombo da Previdência Social é o principal componente dos sucessivos rombos bilionários das contas públicas
No INSS, o rombo subiu de R$ 194,3 bilhões, em 2018, para R$ 213,3 bilhões em 2019 (alta de 9,8%); no caso dos regimes próprios dos servidores civis, o rombo subiu de R$ 46,5 bilhões, em 2018, para R$ 53 bilhões no ano passado (14,3%); o rombo do regime dos servidores militares, por sua vez, avançou de R$ 43,9 bilhões em 2018 para R$ 47 bilhões em 2019 (7,2%); o déficit do Fundo Constitucional do DF (FCDF) avançou de R$ 4,8 bilhões, em 2018, para R$ 5 bilhões em 2019 (5,5%).
O rombo da Previdência Social é o principal componente dos sucessivos rombos bilionários das contas públicas. No ano passado, o déficit primário (despesas maiores do que receitas, sem contar juros da dívida) foi de R$ 95 bilhões. Foi o sexto ano seguido de déficit primário.
Em 2019, o governo conseguiu aprovar mudanças nas regras de aposentadoria do INSS e de servidores públicos. O impacto da reforma, porém, será de 2020 em diante.
Entre as mudanças propostas na reforma, estão a fixação de idade mínima para se aposentar (65 anos para homens e 62 anos para mulheres); regras de transição para o trabalhador ativo; e a média de todos os salários recebidos para o cálculo do benefício
A reforma da Previdência reduz a expectativa de rombo previdenciário previsto para os próximos anos. A expectativa é de um impacto nas contas públicas de R$ 855 bilhões em dez anos
A equipe econômica também conseguiu aprovar no ano passado alterações nas regras previdenciárias dos militares, aumentando o tempo de serviço na ativa e as alíquotas de contribuição.
Porém, também reestruturou as carreiras militares – elevando gastos. Com isso, a economia com a reforma será de R$ 97,3 bilhões em 10 anos, mas a reestruturação das carreiras gerará custo de R$ 86,85 bilhões. A chamada economia líquida com essas mudanças será de R$ 10,4 bilhões.
Na primeira versão, o texto tratava dos militares das Forças Armadas, mas, durante a tramitação do projeto na Câmara dos Deputados, os parlamentares decidiram incluir policiais e bombeiros militares dos Estados.
Segundo números divulgados pela área econômica, o impacto da reforma da Previdência Social, dos trabalhadores do setor privado e servidores públicos (sem contar militares), é de uma economia de R$ 9,9 bilhões em 2020, sendo R$ 3,5 bilhões para o INSS, R$ 4,8 bilhões para os regimes dos servidores públicos e R$ 1,6 bilhão de aumento da tributação dos bancos.
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