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Unicamp abre processo contra professor acusado de agredir aluno

O prazo para a conclusão dos trabalhos da CPP é de 60 dias, com possibilidade de prorrogação por igual período


Por Redação Educadora Publicado 04/10/2023

O reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, anunciou, na tarde desta quarta-feira (4), a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) a ser conduzido pela Comissão Processante Permanente (CPP) contra o professor Rafael Leão, do IMECC (Instituto de Matemática Estatística e Computação Científica), acusado de agredir um aluno com uso de uma faca e de spray de pimenta.

O processo poderá culminar, portanto, com a demissão do docente.

O prazo para a conclusão dos trabalhos da CPP é de 60 dias, com possibilidade de prorrogação por igual período.

Meirelles explicou, porém, que a Reitoria decidiu adotar o PAD por conta “da materialidade verificada e a autoria definida”.

Segundo ele, o relatório elaborado pela SVC (Secretaria de Vivência nos Campi) – órgão responsável pela segurança na Universidade – revela que o professor portava a arma e o spray quando abordou o aluno.

“O que aconteceu, todavia, foi de extrema gravidade. É inadmissível, sob qualquer ponto de vista. Na verdade, um dos episódios mais tristes da história da Unicamp”, disse o reitor.

“A gente tem de lamentar, mas não apenas lamentar. Temos de tomar providências para garantir que episódios como esses jamais voltem a acontecer”, acrescentou.

Meirelles pede a compreensão da comunidade, todavia, para o andamento do processo.

“Reconheço a legitimidade do movimento estudantil e respeito seus pleitos, mas a instituição deve seguir protocolos e prazos. Quero deixar claro, contudo, que não será usado, nesse processo, nenhum expediente protelatório”, garantiu o reitor.

Imecc

O Conselho Interdepartamental do Instituto de Matemática Estatística e Computação Científica (IMECC), por sua vez, havia anunciado ontem o afastamento do professor de suas atividades didáticas.

De acordo com o diretor do IMECC, professor Ricardo Martins, o afastamento vigora até o final do ano, período no qual, segundo ele, deverá estar concluída a sindicância interna que apurará responsabilidades.

Segundo Martins, Leão ministrava duas disciplinas no instituto – uma na graduação e outra na pós-graduação.

Um professor que leciona a mesma disciplina assume a turma.

No âmbito da disciplina de pós-graduação, em suma, a substituição ainda está sendo articulada.

Para o diretor, a decisão que culminou no afastamento do docente evidencia o repúdio do Imecc a atos de violência e, ao mesmo tempo, garante a execução do processo interno de apuração, com o devido respeito aos direitos de defesa e ao contraditório.

“Nós entendemos que os estudantes queiram uma resposta rápida, mas garantimos que todo o apurado está dentro do regimento interno da Universidade e o respeito aos prazos”, disse o diretor.

“A vida acadêmica é feita por três categorias – docentes, estudantes e servidores – e todos precisam aprender a conviver de forma harmoniosa, pacífica”, avalia o professor. “É muito triste que isso tenha ocorrido. É lamentável”, finalizou.

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