Câmara de Limeira aprova abono salarial para profissionais da educação

Foi aprovado pela Câmara de Limeira, durante a sessão desta segunda-feira (6), o projeto de lei do prefeito Mario Botion (PSD) que prevê a concessão de um abono salarial no valor de um salário e meio aos servidores do magistério municipal. A medida, segundo a Prefeitura de Limeira, foi tomada após constatação de excesso de arrecadação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), no valor de R$ 11 milhões – verba que deve ser utilizada apenas para o setor educacional. O projeto foi aprovado por unanimidade.

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O abono deve ser pago a todos os profissionais que tiveram atuação durante o exercício de 2021, inclusive os contratados como temporários. O pagamento está previsto para acontecer até o quinto dia útil de fevereiro de 2022. O projeto foi votado em regime de urgência especial após ser protocolado por Botion no Legislativo no fim da tarde desta segunda-feira.

A presidente do Sindsel, Eunice Lopes, vê a medida como uma forma de acalmar a categoria após a aprovação do subsídio de R$5,5 mi que deve destinado à Sancetur. “Nós temos conselheiros dentro do Fundeb, e dizíamos ao secretário de Educação que teríamos esse dinheiro para fazer o 14° (salário) para a categoria. O secretário era resistente, dizia que não sabia se iria se concretizar, mas o movimento sai vitorioso. Eles tentam criar um fato positivo para acalmar a categoria, eles viram que pode sair uma greve muito forte”, disse Lopes. O repasse da verba da Educação para a empresa foi aprovado na sessão do dia 29 de novembro. Em protesto à medida, profissionais da categoria atrasaram em uma hora a entrada no trabalho na última sexta-feira (3).

MANIFESTAÇÕES NA CÂMARA

Durante a sessão desta segunda-feira (6), profissionais da Educação protestaram no plenário da Câmara de Limeira, na noite desta segunda-feira (6), contra o subsídio no valor de R$ 5,5 milhões aprovado pelos vereadores na última sessão, realizada no dia 29 de novembro. Além dos professores, servidores ligados ao Sindicato dos Funcionários Servidores Municipais de Limeira (Sindsel) participaram do ato.

Por conta da limitação de público no Plenário, os manifestantes também se reuniram no saguão da Casa e do lado de fora da portaria. Os profissionais gritavam palavras de ordem contra os vereadores que foram favoráveis ao projeto do prefeito Mario Botion (PSD) e seguravam cartazes pedindo investimentos e respeito pela educação. O presidente da Câmara, o vereador Lemão da Jeová Rafá (PSC), precisou interromper a sessão para restaurar a ordem. (Colaborou Roberto Gardinalli).

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