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Estudantes do Cotil protestam contra racismo após caso de preconceito envolvendo professora

Durante o protesto, os estudantes se revezaram para falar sobre os casos, a relação com a docente denunciada e se manifestar contra o racismo, além de usarem cartazes com frases contra o racismo


Por Redação Educadora Publicado 30/03/2022
Estudantes do Cotil protestam contra racismo após caso de preconceito envolvendo professora
Foto: Roberto Gardinalli

Estudantes do Colégio Técnico de Limeira (Cotil/Unicamp) protestaram, na noite desta quarta-feira (30), contra supostas falas e posturas racistas que uma docente do Cotil teria dirigido a um aluno do curso de Geodésia. A manifestação reuniu alunos de vários cursos do Cotil, além de estudantes da Faculdade de Tecnologia (FT), da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Unicamp de Limeira. O diretor do Cotil, José Roberto Ribeiro, também esteve presente no ato para dar a posição da Unicamp sobre o caso.

Durante o protesto, os estudantes se revezaram para falar sobre os casos, a relação com a docente denunciada e se manifestar contra o racismo. Os participantes do ato carregavam cartazes com frases como “racistas não passarão”, “não vamos nos calar”, “por uma Unicamp antirracista” e “fogo nos racistas”, em referência a uma música do rapper Djonga.

De acordo com os alunos, a professora teria dito em uma aula que o aluno na África ele seria turista, porque lá as pessoas são tão pretas, que chegam a ser azuis”. Ela ainda teria completado dizendo: “você é o mais preto daqui”. Em entrevista ao Meio Dia, da Educadora, nesta quarta-feira, um aluno se pronunciou sobre o caso e afirmou que a situação continuou após as primeiras falas da docente. “Na noite desta terça-feira (29), esta mesma professora aplicou uma prova no período noturno e, neste teste, os alunos poderiam fazer um resumo em forma de consulta. Uma das estudantes escreveu em forma de protesto a frase “preto não é azul”. E a professora simplesmente retirou a prova da aluna e a mandou sair da sala”, contou. A frase “preto não é azul”, escrita na prova pela aluna, também foi replicada em alguns cartazes na manifestação.

COTIL

O Cotil se manifestou por meio de nota sobre o caso. No posicionamento, a diretoria do colégio informou que não compactua com qualquer forma de discriminação ou preconceito, e que todas os procedimentos já foram tomados para a apuração do caso. Confira a nota completa:

“O Colégio Técnico de Limeira não compactua com qualquer forma de discriminação ou expressão de preconceito. Além disso, reafirma seu compromisso com os princípios de inclusão e equidade, adotados pela Unicamp com base em um conjunto expressivo de ações institucionais. Dentre elas, destacam-se a criação da Diretoria Executiva de Direitos Humanos, o sistema de cotas étnico-raciais que reserva 25% das vagas disponíveis para candidatos autodeclarados pretos e pardos, a criação do Vestibular Indígena e, por fim, os exames de ingresso dos Colégios Técnicos de Campinas (Cotuca) e de Limeira (Cotil). Sobre as denúncias envolvendo possíveis atos racistas no Colégio Técnico de Limeira, a direção dessa unidade de ensino informa que adotou todas os procedimentos cabíveis para a sua apuração e espera a elucidação do caso da forma mais rápida e adequada possível”. Texto: Roberto Gardinalli (Colaborou Ana Paula Rosa)

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