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Médicos acusam grupo Hapvida de pressionar profissionais a receitarem o ‘kit covid’

Em reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, Hospital Medical de Limeira, que faz parte do grupo, é citado


Por Danilo Janine Publicado 05/10/2021
Foto: Divulgação/Medical

Reportagem exibida pelo Jornal Nacional, da TV Globo, na segunda-feira (4), mostrou que médicos que trabalham na Hapvida acusaram a operadora de planos de saúde de pressionar os profissionais a receitarem o chamado “kit covid”. Logo no início, a reportagem cita que “em um áudio enviado a médicos do Hospital Medical, em Limeira, o coordenador da unidade cobrava prescrição do ‘kit covid’.” Entre os remédios que compõem o kit estão a cloroquina, a hidroxicloroquina, a ivermectina e a azitromicina.

O Hospital Medical de Limeira pertence a Hapvida. A CPI da Covid investiga o grupo pela suspeita de pressão aos profissionais para receitarem medicamentos que não tem comprovação científica de eficácia no combate a covid-19. Médicos ouvidos na reportagem do JN afirmam que foram demitidos por se negarem a receitar o “kit covid”.

Através de nota enviada à Educadora, a Hapvida diz que na fase inicial da pandemia do coronavirus pouco se sabia sobre a doença e “no passado, havia um entendimento de que a hidroxicloroquina poderia trazer benefícios aos pacientes. No melhor intuito de oferecer todas as possibilidades aos nossos usuários, houve uma adesão relevante da nossa rede, que nunca correspondeu à maioria das prescrições.”

A nota cita ainda que “a adoção da hidroxicloroquina foi sendo reduzida de forma constante e acentuada. Hoje a instituição não sugere o uso desse medicamento, por não haver comprovação científica de sua efetividade. Mas segue respeitando a autonomia e a soberania médica para determinar as melhores práticas para cada caso, de acordo com cada paciente.”

Leia abaixo, na íntegra, a nota enviada pela Hapvida.

“A fase inicial da pandemia do coronavirus foi marcada por incerteza e imensa preocupação em todo o mundo, principalmente quanto à existência de vacinas ou medicamentos que pudessem tratar a doença. No Brasil, não foi diferente. Desde essa etapa, em que pouco se sabia sobre o coronavírus, o Hapvida não mediu esforços para garantir a melhor assistência a seus beneficiários.
Foram abertos mais de mil leitos de UTI e contratados mais de 6 mil profissionais de saúde. Houve a compra de mais de 532 respiradores, além do aluguel de prédios para a ampliação dos espaços de internação e a aquisição de equipamentos de proteção em grande quantidade para reforçar a segurança dos profissionais. Além disso, o Hapvida e sua controladora cederam e doaram equipamentos e unidades móveis de terapia intensiva para o SUS em diversos estados. Tais investimentos ultrapassaram meio bilhão de reais.
No passado, havia um entendimento de que a hidroxicloroquina poderia trazer benefícios aos pacientes. No melhor intuito de oferecer todas as possibilidades aos nossos usuários, houve uma adesão relevante da nossa rede, que nunca correspondeu à maioria das prescrições. Nas ocasiões em que o médico acreditava que a hidroxicloroquina poderia ter eficácia, sua definição ocorria sempre durante consulta, de comum acordo entre médico e paciente, que assinava termo de consentimento específico em cada caso. Ainda assim, há meses, não se observa a prescrição dessa medicação nas nossas unidades.
A adoção da hidroxicloroquina foi sendo reduzida de forma constante e acentuada. Hoje a instituição não sugere o uso desse medicamento, por não haver comprovação científica de sua efetividade. Mas segue respeitando a autonomia e a soberania médica para determinar as melhores práticas para cada caso, de acordo com cada paciente. 
Desde o primeiro momento, o Hapvida defende e promove a vacinação, o uso de máscaras e as práticas de distanciamento social. A organização agradece ao empenho de seus mais de 67 mil profissionais que continuam lutando no enfrentamento dessa pandemia e reforça a todos os brasileiros seu propósito de servi-los com medicina de alta qualidade de maneira acessível.”

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