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Sem casos confirmados, Limeira está em alerta para varíola dos macacos

Um alerta epidemiológico enviado aos municípios pela Secretaria Estadual da Saúde detalha a situação da varíola dos macacos até o momento e os protocolos que devem ser adotados em casos suspeitos


Por Redação Educadora Publicado 25/07/2022
varíola dos macacos
Atualmente o diagnóstico da monkeypox no país é feito por meio de ensaios moleculares de PCR – Foto: Centro de Controle de Doenças (CDC)/Divulgação

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto da varíola dos macacos, ou Monkeypox (MPX), como emergência de saúde pública internacional. Isso eleva a atenção para a doença, que já era considerada como alerta pela Secretaria de Saúde de Limeira, que acompanha os casos a nível estadual, nacional e internacional. Até o momento, o município não registrou casos suspeitos ou confirmados da doença.

Um alerta epidemiológico enviado aos municípios pela Secretaria Estadual da Saúde detalha a situação da varíola dos macacos até o momento e os protocolos que devem ser adotados em casos suspeitos. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, foram confirmados 607 casos da doença até 21 de julho. São Paulo, com 461 casos, é o estado com maior número de confirmações – sendo que a capital concentra 83% dos casos.

Secretário interino de Saúde, Alexandre Ferrari explica que as redes pública e privada de saúde já foram informadas e orientadas sobre a doença. As notificações devem ser concentradas na Divisão de Vigilância Epidemiológica de Limeira. “Mesmo sem casos confirmados, o alerta deve ser permanente, por isso a importância de toda a rede de saúde do município seguir os protocolos estabelecidos”, observa.

A DOENÇA

A Monkeypox é uma doença zoonótica viral. Apesar do nome, o atual surto da doença não tem participação dos macacos na transmissão para seres humanos. Os contágios identificados até o momento foram atribuídos à contaminação entre pessoas – o que pode ocorrer, principalmente, por contato próximo/íntimo com lesões de pele de indivíduos infectados, como abraço, beijo, massagem, relações sexuais ou secreções respiratórias.

De acordo com o alerta epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde, a transmissão do vírus via gotículas respiratórias usualmente requer contato mais próximo entre o paciente infectado e outras pessoas, o que torna trabalhadores da saúde e membros da família as pessoas com maior risco de serem infectadas. O período de incubação da Monkeypox pode variar de 5 a 21 dias de intervalo.

Após a infecção, a pessoa com MPX comumente inicia os sintomas com febre, mialgia (dor muscular), fadiga, cefaleia (dor de cabeça), astenia (sensação de fraqueza), dor nas costas e linfadenopatia. Entre 1 e 3 dias depois, o indivíduo pode apresentar erupções no local da infecção primária, que se espalham para outras partes do corpo. “Em 60% dos casos, há lesões genitais urológicas, ginecológicas e infectológicas”, pontua Ferrari.

Segundo a nota técnica da Secretaria Estadual da Saúde, quando a crosta que se forma desaparece, a pessoa deixa de infectar outras pessoas, o que ocorre, em geral, de 2 a 4 semanas. Todos os protocolos de suspeição e confirmação de casos foram detalhados no alerta epidemiológico e repassados às unidades de saúde – públicas e privadas – do município.

ORIENTAÇÕES

Alexandre Ferrari orienta que as pessoas que apresentarem sintomas como lesões na pele (em qualquer parte do corpo, incluindo a região genital) e sentirem febre devem procurar uma unidade de saúde – pública ou privada – para receber as orientações necessárias. O mesmo vale para quem tiver contato recente com pessoas suspeitas ou confirmadas da doença, ou ainda, com histórico de viagem a países endêmicos com casos confirmados de MPX nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas.

De acordo com ele, a confirmação para a varíola dos macacos acontece por meio de resultado/laudo de exame laboratorial. A referência do município para envio de amostras de casos suspeitos é o Instituto Adolfo Lutz.

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