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Sindsel diz que problemas com marmita do Samu são antigos e pede reunião com a Prefeitura de Limeira

Em ofício, sindicato afirma que já entrou na Justiça contra a Prefeitura ainda no governo de Paulo Hadich (PSB) e nada foi feito desde então


Por Redação Educadora Publicado 18/05/2022
O Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de Limeira (Sindsel) afirmou que as reclamações sobre a qualidade da comida fornecida aos trabalhadores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) já são antigas.
Foto: Roberto Gardinalli

O Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de Limeira (Sindsel) afirmou que as reclamações sobre a qualidade da comida fornecida aos trabalhadores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) já são antigas. De acordo com a diretora do sindicato, Eunice Lopes, as denúncias sobre a má qualidade do serviço da empresa Puro Sabor Serviços de Alimentação, que tem contrato com a Prefeitura de Limeira, surgiram ainda no governo Paulo Hadich (PSB).

“Faz anos que a gente pede para a Prefeitura que mude essa empresa e as marmitas do Samu. Nós temos médicos que não comem a marmita porque vem comida de baixa qualidade. A reclamação é antiga, inclusive, entramos na Justiça, ainda na época do Hadich, mas a Prefeitura não quer entender as coisas”, diz a diretora do Sindsel, Eunice Lopes.

A Educadora publicou, nesta quarta-feira (18), denúncias de cinco funcionários do Samu que tiveram intoxicação alimentar após consumirem as marmitas fornecidas pela empresa. De acordo com as reclamações, os trabalhadores já encontraram larvas, fios de cabelo e até pedras na comida entregue. Ainda segundo as reclamações, os problemas aconteceram também em outras secretarias.

Após as denúncias, o Sindisel enviou um ofício à Prefeitura de Limeira, pedindo uma mesa de negociações com o prefeito Mario Botion (PSD) para a discussão do caso. Um dos pedidos é a mudança no fornecimento da alimentação. De acordo com o documento, o sindicato já havia entrado na Justiça contra a Prefeitura no governo Hadich, pedindo que a alimentação dos funcionários do Samu, central de ambulâncias e agentes de trânsito e de outras secretarias fosse dada em dinheiro. De acordo com o ofício, o sindicato voltará a pedir a mudança.

“No governo Hadich, os promotores do Tribunal de Justiça orientaram a gestão a realizar o pagamento em pecúnia, o que não foi feito pela prefeitura até o presente momento, causando prejuízos, danos e descontentamento aos trabalhadores”, cita o documento.  “Esta entidade há anos está discutindo que a alimentação fornecida aos funcionários do Samu, agentes de trânsito e central de ambulâncias, entre outros, deveria ser em pecúnia, evitando problemas e contribuindo para a qualidade alimentar dos servidores”, cita o Sindsel no ofício. 

MERENDA DO TRAJANO CAMARGO

O ofício também cita o caso dos alunos do período integral da Etec Trajano Camargo, que denunciaram que encontraram larvas nas merendas da escola. A comida é fornecida, também, pela Puro Sabor Serviços de Alimentação. Segundo estudantes, que pediram para não serem identificados, pelo menos 90 alunos sofreram com intoxicação alimentar e eles encontram larvas na merenda pelo menos uma vez por semana desde março de 2022.

À Educadora, o coordenador administrativo da empresa, Luís Henrique Antoneli, que está investigando os problemas relatados. Segundo ele, a empresa conta com três nutricionistas que trabalham focado na produção dos alimentos, e que a empresa fornece entre 800 e mil refeições por dia. “É preciso entender o que aconteceu, já que não é só a comida que pode causar os sintomas relatados na reportagem”, comentou.

A Prefeitura de Limeira informou, por meio de nota, que a Vigilância Sanitária esteve na Etec Trajano Camargo e colheu amostras da comida servida na última segunda-feira (16). Amostras de refeições são mantidas por até 72 horas. O alimento coletado foi encaminhado para o Instituto Adolfo Lutz. A Prefeitura afirmou que só vai se manifestar após o resultado das análises.

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