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USTL se reúne com Hapvida e questiona prescrição do kit covid em Limeira

Encontro com os sindicalistas ocorreu após denúncias sobre suposta pressão da empresa, inclusive de sua unidade de Limeira, para o uso destes medicamentos sem eficácia comprovada no combate da doença


Por Redação Educadora Publicado 21/10/2021
Foto: Divulgação/USTL

Durante reunião desta terça-feira (19) com representantes da USTL (União Sindical dos Trabalhadores de Limeira), a direção da Medical Hapvida garantiu que não está recomendando a prescrição do kit covid (hidroxicloroquina, invermectina, azitromicina) aos médicos da empresa. O encontro com os sindicalistas ocorreu após denúncias em contrário – uma suposta pressão da empresa, inclusive de sua unidade de Limeira, para o uso destes medicamentos sem eficácia comprovada no combate da doença.

“Conforme nota oficial divulgada à imprensa, estas prescrições do kit ocorriam apenas no início da pandemia, quando havia poucas informações sobre a doença, mas sempre por iniciativa dos próprios médicos”, garantiu o diretor de operações da Hapvida, o médico Antonio Gregoratto.

O questionamento da USTL ocorreu após reportagens denunciarem suposta pressão da empresa pela adoção do kit e a demissão de profissionais que se recusaram. O Ministério Público do Ceará abriu inquérito, após denúncia de médico daquele estado que teria sido demitido por recusar tal diretriz e a ANS (Agência Nacional de Saúde) realizou diligência na empresa. No início de outubro, a USTL acionou a Comissão de Saúde da Câmara de Limeira, para que questionasse o uso do kit covid nas unidades de saúde públicas e privadas da cidade.

Por parte da Medical Hapvida, participaram da reunião o diretor administrativo regional, Donizete Camilo, os gerentes regionais de relacionamento, Rogerio Caseze e Antonio Carlos Freire, além do gerente de credenciamento médico, Alexandre Botura. Em meio às tratativas, o diretor médico Rafael Camargo também compareceu. Além do tema covid, o encontro tratou das reclamações relativas ao plano médico, com destaque para a demora no agendamento de consultas, atendimento no pronto-socorro e pronto atendimento.

“Estamos aqui representando os trabalhadores que utilizam o plano e verificamos a preocupação deles com relação a um produto que precisa ser bom. Além disso, a preocupação pela prescrição de medicamentos sem eficácia comprovada. A reunião vem no sentido de esclarecimento”, apontou o presidente da USTL e do Stial (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Limeira e Região), Artur Bueno Júnior. O plano de saúde Medical Hapvida está presente em diversos acordos e convenções coletivas de trabalho negociados pelas entidades sindicais, com várias empresas.

Gregoratto citou a dificuldade com o sistema operacional, atualmente centralizado em Ribeirão Preto, mas que estaria sendo transferido para Limeira. Camilo citou que as melhorias já estariam ocorrendo, com 80% dos atendimentos ocorrendo no prazo estabelecido de 15 minutos, contra 20% no período de aquisição da empresa Medical, em dezembro. “Investimos R$ 12 milhões desde que assumimos, ampliando os serviços e sanando problemas iniciais. Prometemos melhorar ainda mais”, prometeu o gerente Carlos Freire.

COVID

Rafael Camargo lembrou que as prescrições do kit covid foram praxe em diversas instituições de saúde em Limeira, com destaque para a URC (Unidade de Referência do Coronavírus), braço da saúde pública municipal no atendimento. “O uso do kit é uma discussão superada e precisamos mostrar isso. Hoje, a Medical Hapvida não recomenda o uso do kit, apenas não pode interferir na liberdade do médico “, apontou.

O presidente da USTL respondeu que a entidade, em nome dos trabalhadores representados, “precisa de mais que o compromisso da empresa de não recomendar o uso do kit ao corpo médico” – um documento foi entregue aos diretores, requerendo a formalização por escrito da não-indicação e distribuição do kit, pela total ineficácia dos medicamentos.

Ao final da reunião, a Medical Hapvida e a USTL estabeleceram a realização de reuniões mensais, abrindo um canal de comunicação com os trabalhadores, onde queixas e sugestões serão registradas. A empresa se comprometeu com a melhoria dos índices e afirmou que o quadro médico não estaria saindo da empresa – ponto de preocupação dos usuários do plano.

“O plano médico é um dos benefícios mais importantes da negociação de acordos e convenções coletivas de trabalho. Temos de agir para que os trabalhadores tenham um atendimento satisfatório” “, finalizou o presidente da USTL, Artur Bueno Júnior.

Pela USTL e além do Stial, participaram da reunião representantes do Sinecol (Sindicato dos Comerciários de Limeira e Região), do Sindicato dos Vigilantes de Limeira e Região, do Sindicato dos Trabalhadores no Vestuário de Limeira e Região, da CNTA (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e Afins), do Sindicato dos Empregados em Bares e Restaurantes de Limeira e Região, do Sintijob (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias das Joias de Limeira) e do SindeGuarda (Sindicato dos Guardas Civis Municipais de Limeira e Região).

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