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Israel dá prazo de 24 horas para palestinos deixarem Cidade de Gaza; Hamas pede que moradores ignorem ultimato

Israel distribuiu panfletos exigindo que moradores do norte da Faixa de Gaza abandonem suas casas até às 18h desta sexta (13), pelo horário de Brasília. Aviso gerou temor de uma incursão por terra. ONU pediu rescisão do pedido e alertou para "consequências humanitárias devastadoras".


Por Redação Educadora Publicado 13/10/2023
Israel
Reprodução

O Exército de Israel deu um ultimato a moradores da Cidade de Gaza e arredores.

Por meio de panfletos distribuídos entre moradores locais na noite de quinta-feira (12), Israel pediu que a população da região norte da Faixa de Gaza, onde fica a Cidade de Gaza, deixe suas casas em direção ao sul em até 24 horas.

O pedido expira às 18h desta sexta, pelo horário de Brasília.

Mas o Hamas exigiu que a população ignore o pedido e permaneça em suas casas. O grupo terrorista governa atualmente a Faixa de Gaza – além do braço armado e terrorista, o Hamas também tem um braço político.

O porta-voz do exército israelense afirmou que a “evacuação é para a própria segurança” dos habitantes da Faixa de Gaza e recomendou que as pessoas só voltem à Cidade de Gaza quando o governo israelense permitir.

Palestinos temem que a ordem seja um indicativo de que o Exército israelense entre por terra em Gaza.

Pouco tempo antes do pronunciamento nas redes sociais do exército, a Organização das Nações Unidas (ONU) disse, em comunicado, que os militares israelenses avisaram que todos os palestinos na região norte da Faixa de Gaza, cerca de 1,1 milhão de pessoas, deveriam migrar para o sul.

No entanto, segundo as informações do Exército, o alerta é apenas para a Cidade de Gaza, que tem 677 mil habitantes.

Israel também afirmou que, nos próximos dias, as operações na Cidade de Gaza serão “significativas” e que os moradores da região não devem se aproximar ou tentar ultrapassar a fronteira.

Segundo a ONU, o comunicado foi enviado pouco antes da meia-noite no horário local. Assim, as 24 horas serão completadas às 18 horas desta sexta-feira (13), no horário de Brasília. A Organização afirmou que já transferiu seu centro de operações centrais para o sul de Gaza.

Salama Marouf, chefe do gabinete de comunicação do Hamas, disse à agência que o aviso é “propaganda falsa, com o objetivo de semear confusão entre os cidadãos e prejudicar a nossa coesão interna” e que orienta os cidadãos palestinos a “não se envolverem nestas tentativas”.

Dezenas de tanques de guerra estão sendo colocados por Israel na fronteira de Gaza, antes de uma invasão terrestre planejada pelas forças militares do país para combater o Hamas.

O conflito entre Israel e Palestina teve início no último sábado (7), após terroristas do grupo Hamas iniciarem um ataque sem precedentes contra o território israelense. Israel se declarou em guerra e os bombardeios entre os dois lados continuam desde então, com mais de 2.800 mortos até o momento, sendo 1.537 palestinos e 1.300 israelenses.

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