Michelle e Barack Obama completam 28 anos de casados e pedem que americanos votem
Há anos, o casal faz campanha durante o período eleitoral para encorajar a população dos Estados Unidos, onde o voto não é obrigatório
Michelle e Barack Obama completaram 28 anos de casamento neste sábado, 3, e ao compartilharem mensagens de amor e carinho em rede social, fizeram um pedido: que os americanos se registrem para votar nas eleições presidenciais nos Estados Unidos. Há anos, o casal faz campanha durante o período eleitoral para encorajar a população do país, onde o voto não é obrigatório.
“28 anos com esse aqui. Eu amo Barack pelo seu sorriso, seu caráter e sua compaixão. Tão grata por tê-lo como parceiro em meio a tudo que a vida atirou contra nós. E este ano, nós temos um pedido para vocês: escolha uma pessoa na sua vida que pode não votar e garanta que ela vai (…) Essa é uma mensagem de aniversário do melhor tipo. Amo você, Barack”, escreveu Michelle ao publicar uma foto dos dois.
O ex-presidente dos EUA também compartilhou uma foto do casal e fez o mesmo apelo. “Mesmo com tudo que está acontecendo, eu queria tirar um momento para dizer feliz aniversário para o amor da minha vida. Cada dia com Michelle me faz um marido melhor, um pai melhor e um ser humano melhor. Este ano, enquanto apreciamos todos os seus votos de felicidade, o que realmente adoraríamos é que cada um de vocês estenda a mão para uma pessoa em sua vida que pode não votar. Ajude-as a se registrarem. Ajude-as a fazer um plano para votar“, disse Obama.
Uma vez que o voto não é obrigatório no país, quem deseja exercer esse ato precisa se registrar como votante. A carreira de Barack Obama é marcada pela atuação nas comunidades, incentivando as pessoas a fazerem o registro e votar. Antes mesmo de ser senador e presidente dos EUA, ele participava do Projeto VOTE!, que em 1992 tinha a meta de “registrar novos eleitores de Illinois a um ritmo alucinante de 10 mil pessoas por semana”, conta Michelle no livro de memórias Minha História
Como Michelle e Barack se conheceram
Antes de se tornar uma Obama, Michelle era Robinson e trabalhava como advogada associada júnior em um escritório de advocacia em Chicago, o Sidley & Austin. Ela foi designada para ser mentora de um jovem Barack, estudante do primeiro ano de direito, que passaria uma temporada de verão no local.
Na autobiografia, Michelle conta que ele chegou atrasado no primeiro dia, atitude que a deixava “louca”, como descreve, pois “considerava sinal de pura arrogância”. O histórico estudantil de Barack era exemplar, mas a advogada “estava cética”.
“Somente depois de mais de dez minutos que ele chegou à recepção do nosso andar, saí para encontrá-lo sentado em um sofá – o tal Barack Obama, vestindo um terno escuro ainda um pouco úmido pela chuva. Ele sorriu timidamente e pediu desculpas pelo atraso quando apertou minha mão. Tinha um sorriso largo e era mais alto e magro do que eu imaginava – um homem que claramente não era de comer muito e também parecia não ter o costume de usar roupas formais”, ela relata no livro.
Os dois eram os poucos, talvez os únicos, afro-americanos no escritório e, para Michelle, seria estranho que os dois se envolvessem amorosamente, porque traria muitos estereótipos. Além disso, um era o oposto do outro, até mesmo pela criação que cada um teve: enquanto ela vinha de uma família estruturada, ele cresceu sem a presença do pai, teve um padrasto, morou com os avós e passou por diferentes países. Enquanto ela tinha um espírito mais contido, ele era aventureiro.
Apesar das diferentes visões de mundo, inclusive sobre casamento – Michelle achava importante, mas Barack não via necessidade, os dois começaram a namorar, se casaram em 1992 e tiveram duas filhas, Malia e Sasha. A convivência fez com que eles aprendessem a lidar com as diferenças, mas não de forma romantizada. Em um momento da vida deles, chagaram a consultar um terapeuta de casal. Atualmente, os dois atuam em diferentes projetos e valorizam o poder das relações pessoais e das comunidades.
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