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Paraguai será prioridade do Brasil para envio de vacinas ao exterior, diz Ernesto

Os paraguaios saíram da reunião com Ernesto com a sinalização de que o Brasil está pronto para começar as discussões "tão logo as circunstâncias da pandemia minimamente o permitam"


Por Redação Educadora Publicado 17/03/2021
Divulgação

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou nesta quarta-feira (17) que o Paraguai será prioridade do Brasil quando o país estiver apto a enviar vacinas contra o coronavírus ao exterior. “O Brasil tem como prioridade na sua cooperação internacional no tema das vacinas o Paraguai. Assim que estejamos prontos para começar a cooperar internacionalmente no provimento de vacinas, o Paraguai será a nossa prioridade número um”, declarou Ernesto, após reunião com o ministro das Relações Exteriores paraguaio, Euclides Acevedo.

Na prática, a declaração de Ernesto é uma negativa ao pleito dos paraguaios de acessar no curto prazo vacinas contra a Covid-19 no Brasil, uma das prioridades do governo Mario Abdo Benítez, atualmente ameaçado de destituição.

O governo Abdo Benítez já encaminhou uma consulta a Brasília sobre a possibilidade de doação ou exportação de imunizantes, mas recebeu a resposta de que não será possível atender a solicitação porque o Brasil enfrenta escassez de vacinas.

Interlocutores no governo Bolsonaro disseram, sob condição de anonimato, que qualquer envio de doses de vacina ao exterior -mesmo que em pequena quantidade- seria fortemente criticado internamente. Abdo Benítez enfrenta uma ameaça de impeachment desencadeada com os recentes protestos contra sua gestão na pandemia.

O roteiro de Acevedo por países vizinhos foi pensando para colher demonstrações de apoio ao presidente paraguaio. Nos próximos dias, ele tem reuniões na Argentina e no Chile. Além da busca por vacinas e insumos, o principal objetivo da agenda de Acevedo em Brasília era conseguir um compromisso do governo Bolsonaro sobre uma data para o início das negociações da revisão do anexo C do Tratado de Itaipu, que determinará as condições de comercialização e preços de energia da usina a partir de 2023.

Os paraguaios saíram da reunião com Ernesto com a sinalização de que o Brasil está pronto para começar as discussões “tão logo as circunstâncias da pandemia minimamente o permitam”.

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