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Barbearia no centro de Limeira teria ligações com garimpo ilegal no Pará

Segundo investigações da Polícia Federal, barberia teria movimentado mais de R$ 12 milhões em 11 meses


Por Redação Educadora Publicado 12/12/2021
Barbearia no centro de Limeira teria ligações com garimpo no Pará
Foto: Reprodução/Google Street View

Uma barbearia na Rua Barão de Cascalho, no Centro de Limeira, teria ligação com garimpo ilegal no interior do Pará. De acordo com informações reveladas pelo jornal O Estado de S. Paulo, o negócio teria movimentado, entre julho de 2018 e maio de 2019, mais de R$ 12 milhões, cerca de R$ 1,150 milhão por mês. De acordo com investigações da Polícia Federal, o dono da barbearia, Thiago Tenorio Simonelli, fez 779 depósitos só no período de 11 meses, o que equivale a mais de dois depósitos realizados todos os dias.

De acordo com a reportagem, Simonelli não atuava sozinho. Tinha ajuda de sua companheira, a investigada Luciene Honorato. Dados levantados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostram que ambos realizavam grandes transações, sempre relacionadas a compra e venda de metais preciosos. Para a empresa Mineradora Carajás, por exemplo, foram repassados R$ 1,234 milhão em 11 meses.

O garimpeiro Francisco Edilson Santiago, apontado como explorador, comprador e vendedor de ouro da terra indígena Kaiapó, no sul do Pará, recebeu outros R$ 175 mil do dono da barbearia. Santiago não tem vínculo trabalhista, nem é sócio de qualquer empresa, mas é proprietário e operador de um avião Cessna e operador de outra aeronave. As investigações apontam que, além de ser garimpeiro, Santiago atua como “laranja” ou “testa de ferro” no esquema de lavagem de dinheiro e ocultação de bens. Ele já foi preso e condenado por roubo de uma moto, com uso de arma de fogo.

“Não existe relação comercial legal que justifique estas transações bancárias. Não há motivo aparente que fundamente que uma barbearia receba tantos valores que advindos do varejo de bijuterias”, afirma o relatório da PF. “Pode-se concluir que a Barbearia Barão, na pessoa de seu responsável, Thiago Tenorio, faz parte desta organização criminosa. Não há razão pra uma pequena barbearia movimentar aproximadamente R$ 12 milhões.” A Cooperativa de Garimpeiros de Ourilandia e Região (Cooperouri) não se manifestou até o fechamento deste texto. A reportagem não conseguiu contato com a empresa CHM do Brasil.

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