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Homem denuncia guarda municipal de Limeira por ter agredido o filho

Segundo o boletim de ocorrência, o homem teria ordem judicial para internar o filho, que sofre de esquizofrenia


Por Grasiele Gerondi Publicado 12/10/2022
guarda municipal, surto
Homem estava em surto, jogou pedras contra veículos e atingiu uma mulher – Foto: Grasiele Gerondi

Um homem, de 73 anos, procurou o Plantão Policial para registrar um boletim de ocorrência contra um guarda municipal. Ele afirma que o GCM agrediu o filho, de 49 anos, que sofre de esquizofrenia.

De acordo com o boletim de ocorrência, o homem contou que por volta das 20h desta terça-feira (11), recebeu uma ligação de uma conhecida, que informou que o filho que estava desaparecido desde o mês de abril, foi até a residência dela no Geada II e estava em surto psicótico.

O homem iria esperar o SAMU para conduzir o filho até o Hospital da Humanitária, mas momentos depois recebeu mais uma ligação da conhecida informando que duas viaturas da Guarda Municipal e uma do SAMU foram ao local e que, segundo o boletim de ocorrência, um guarda moreno e gordo foi até o homem, que estava em surto, e perguntou onde ele morava.

O homem teria respondido o local e dito que morava na rua. Com a resposta dele, o profissional teria se aproximado, dado um golpe na cabeça do homem e vários chutes, deixando-o sangrando.

O guarda municipal teria dito que ele poderia sair daquele local, porque o SAMU não iria atende-lo. O homem teria entrado em uma mata existente no local. A GCM, então, teria ido embora, e deixado o SAMU lá.

Ainda de acordo com o documento, os agentes do SAMU disseram que a mulher viu que eles não puderam se aproximar e, que se achasse necessário, deveria procurar a delegacia para registrar ocorrência.

O pai do homem ainda disse à Polícia Civil que o filho sofre de esquizofrenia e que tem uma ordem judicial para interna-lo, por isso tinha acionado o SAMU. Ele também declarou que apenas um guarda agrediu o filho.

SEGUNDA OCORRÊNCIA

Por volta das 2h da manhã desta quarta-feira (12), os Policiais Militares foram acionados via COPOM para atender uma ocorrência de desinteligência, no Parque Abílio Pedro. Segundo o relato, chegando ao local, em uma área verde, pessoas cercavam um homem, que fugia.

Os PMs, então, teriam entrado na mata e abordaram o homem, que estava muito alterado, gritando e falando palavras desconexas, precisando usar algemas para contê-lo.

Os policiais conversaram com as pessoas ao redor, que relataram que o homem alterado começou a jogar pedras nos veículos, danificando o para-brisa e o vidro traseiro de um GM/Corsa e o vidro traseiro de um HB 20. Uma mulher também foi atingida por uma pedra e ficou ferida no braço direito.

Segundo o documento, os PMs tiveram conhecimento, que um tenente da corporação compareceu no local, horas antes, para apoiar o SAMU e viu que o homem estava muito alterado e em surto, tendo o homem “se negado a ser atendido e deixado o local”. Diz ainda o boletim de ocorrência, que os policiais e o SAMU nada puderam fazer.

O homem, que estava em surto, e a mulher atingida pela pedrada foram encaminhados para atendimento médico. Na ficha médica, de acordo com o boletim de ocorrência, o médico não constatou as lesões na região da cabeça, como foi declarado pelo pai dele e a conhecida.

A DECISÃO

Considerando os fatos, que o homem chegou em surto, que tentou ainda danificar a viatura da Polícia Militar e que possui processo de internação compulsória, o delegado entendeu que se prendesse por lesão corporal e dano, poderia agravar a situação do homem.

Por isso, foi acionado o SAMU para que o encaminhasse ao serviço de assistência médica competente. As vítimas também foram orientadas quanto ao prazo de 6 meses para representação criminal.

OUTRO LADO

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Civil informa que já acionou o comando da Guarda Civil Municipal (GCM) bem como a Corregedoria da Guarda para apuração de eventuais infrações de cunho administrativos e disciplinares.

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