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Posto de Limeira aparece em investigação sobre lavagem de dinheiro ligada ao PCC

Operação Carbono Oculto identificou 251 postos em quatro estados ligados a suspeitos de movimentar recursos para a facção criminosa; maioria está em São Paulo


Por Redação Educadora Publicado 06/10/2025
Posto de Limeira aparece em investigação sobre lavagem de dinheiro ligada ao PCC
Foto: Reprodução/Freepik

Um posto de combustíveis localizado na região central de Limeira (SP) está entre os 251 estabelecimentos apontados em uma investigação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) que apura lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC). A informação foi revelada a partir de um cruzamento feito pelo portal g1 entre dados da Operação Carbono Oculto e o cadastro da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

De acordo com o levantamento, os 15 investigados pela Justiça paulista são sócios de postos distribuídos em quatro estado, sendo 233 em São Paulo, principalmente na Grande SP e na Baixada Santista, 15 em Goiás, dois no Paraná e um em Minas Gerais. Quase metade dos estabelecimentos opera sem bandeira, e o restante está vinculado a marcas como Ipiranga, Rodoil, BR Petrobras e Shell. Nenhuma das distribuidoras, porém, é alvo da operação.

As investigações apontam que os postos serviriam para lavar dinheiro de atividades ilícitas do PCC, utilizando estruturas empresariais para ocultar valores e bens. Entre os investigados estão empresários e supostos “laranjas” ligados ao grupo de Mohamad Hussein Mourad, apontado como o principal articulador do esquema e atualmente foragido.

Um dos principais nomes citados é o de Pedro Furtado Gouveia Neto, sócio da GGX Global, vinculado ao grupo de Mourad e dono de 56 postos. Outros investigados também aparecem como proprietários de dezenas de estabelecimentos, segundo a decisão judicial.

As distribuidoras afirmaram colaborar com as autoridades e negaram envolvimento em qualquer irregularidade. A Ipiranga informou atuar contra o mercado ilegal e solicitou acesso ao inquérito. A Rodoil disse ter rescindido contratos com postos sob suspeita. Já a Vibra (marca Petrobras) afirmou manter auditorias rígidas e ter desligado mais de 100 estabelecimentos nos últimos dois anos. A Raízen (Shell) declarou que apura o caso e tomará as medidas cabíveis.

A Receita Federal confirmou que o esquema pode ter envolvido mais de mil postos em todo o país.

Enquanto isso, as defesas dos empresários citados negam qualquer ligação com o PCC e afirmam que os empreendimentos atuam dentro da legalidade e transparência exigidas pelo setor.

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