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Trabalhadores da Usina Iracema entram em estado de greve

Decisão foi tomada em assembleias realizadas nesta quarta (11) e quinta (12) em Iracemápolis


Por Redação Educadora Publicado 13/08/2021
Foto: Divulgação/Stial

Reunidos em assembleias realizadas nesta quarta (11) e quinta-feira (12), os empregados da Usina Iracema (Grupo São Martinho), em Iracemápolis, decidiram entrar em estado de greve, por conta da dificuldade de negociação salarial com a empresa. Eles rejeitaram nova proposta da usina, que se recusa a repor nos salários a inflação acumulada do período.

Contra uma inflação acumulada de 7,59%, a Usina Iracema passou a oferecer reajuste de 5%, retroativo à data-base (maio), mais 2,47% até outubro, sem pagamento retroativo à data-base. “A única diferença da proposta anterior, que já havia sido rejeitada pelos trabalhadores, foi a possibilidade de adiantar o pagamento dos 2,47% (previsto para outubro), mas sem compromisso de data, e ainda sem o pagamento do retroativo. Para os trabalhadores, foi um verdadeiro tapa na cara”, explicou o presidente do Stial (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Limeira e Região), Artur Bueno Júnior.

As assembleias que definiram o estado de greve aconteceram dias após a distribuição de boletim informativo do sindicato, divulgando o aumento dos lucros do Grupo São Martinho na safra 2020/2021. O grupo faturou 45,1% a mais no período, acumulando lucro líquido de R$ 927 milhões.

“Negar a reposição da inflação neste contexto é realmente um desrespeito, especialmente para uma categoria que não parou um segundo sequer na pandemia. Trabalhadores que são os grandes responsáveis pelos lucros divulgados”, completou o dirigente sindical.

Após a decretação do estado de greve, o sindicato vai solicitar a reabertura das negociação, e caso a empresa não apresente uma proposta que atenda às necessidades dos trabalhadores, uma paralisação não está descartada. “O clima está pesado e a categoria bastante unida em torno do sindicato. A empresa precisa rever sua postura, rapidamente”, concluiu Artur Bueno Júnior. Segundo o Stial, 85% dos trabalhadores presentes às assembleias aprovaram a adesão ao estado de greve.

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