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Brasil ultrapassa 101 mil casos confirmados e 7 mil mortes por coronavírus

Segundo o governo, foram 275 novas mortes confirmadas nas últimas 24 horas, além de 4.588 novos casos


Por Folhapress Publicado 03/05/2020

Sessenta e sete dias após o primeiro caso confirmado, Brasil chegou a 101.147 registros da doença e 7.025 mortes pelo novo coronavírus, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde na tarde deste domingo (3).

Segundo o governo, foram 275 novas mortes confirmadas nas últimas 24 horas, além de 4.588 novos casos.

O número, porém, está abaixo do total registrado nos últimos cinco dias, quando a média diária de mortes confirmadas ficou acima de 400. Em geral, o Ministério da Saúde diz que uma queda é esperada aos sábados e domingos e primeiros dias da semana.

Atualmente, a taxa de mortalidade é de 6,9%.

Epicentro da crise, São Paulo teve 2.627 mortes e 31.772 casos confirmados. O índice de isolamento social vem caindo no estado, o que preocupa autoridades. No sábado (2), o isolamento foi de 53%. Na quinta-feira (30), porém, essa taxa chegou a 46%, menor marca das últimas semanas.

Atrás de São Paulo, o Rio de Janeiro tem 11.139 casos e 1.019 mortes. O estado é seguido no ranking por Pernambuco (8.643 casos e 652 mortes) e Ceará (8.370 casos e 663 óbitos).

No quinto lugar, está o estado do Amazonas, com 6.683 contaminações e 548 mortes.

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde apontam ainda os estados do Amapá, Amazonas, Roraima, Ceará e Pernambuco como aqueles que apresentam as maiores taxas de incidência da Covid-19 –indicador que abrange o total de casos pela população.

No Amapá, por exemplo, esse índice é de 1.752 casos a cada 1 milhão de habitantes. Em Amazonas, de 1.612. A alta incidência no estado levou o ministro da Saúde, Nelson Teich, a programar a primeira visita no cargo à região para este domingo.

O ministério também anunciou o envio de 267 profissionais para dar apoio no atendimento, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, farmacêuticos e biomédicos. Deste total, 236 são de Manaus e o restante de outras regiões.

O grupo corresponde a uma parcela de profissionais que se inscreveram no programa “Brasil Conta Comigo”. A estratégia prevê a possibilidade de contratação temporária de profissionais extras por seis meses em regiões com maior número de casos. A previsão é que eles comecem a atuar ainda nesta semana.

Inicialmente, o ministério falava em enviar até 581 profissionais a Manaus. Questionada sobre a diferença, a pasta não respondeu até o momento.

Além do Amazonas, outros estados também apresentam aumento nos registros.
Segundo especialistas, o total de casos no país também tende a ser maior, já que há atrasos no diagnóstico e os testes são em geral limitados a casos graves.

Atualmente, o Brasil tem 1.364 mortes sob investigação para o Covid-19. A pasta não informou o total de casos suspeitos em análise, incluindo registros de pacientes atendidos em hospitais.

Ainda de acordo com o ministério, ao menos 42.991 pacientes já se recuperaram da doença, o equivalente a 42,5% do total. Outros 51.131 estão em acompanhamento, e 7.025 morreram.

Balanço divulgado pela pasta dá outras pistas do avanço da epidemia no país.
Um exemplo é o aumento no número de internações por síndrome respiratória aguda grave no país, quadro que pode ser causado pela Covid-19 ou outros vírus respiratórios.

Ao todo, foram 85.718 hospitalizações neste ano, um aumento de 531% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a pasta, atualmente, o novo vírus tem respondido pela maior parte dos casos já submetidos a exames.

O epicentro mundial da pandemia, hoje, são os Estados Unidos. Até a tarde deste domingo, o país que até a tarde deste sábado confirmava cerca de 1,14 milhão de contaminações, de acordo monitoramento da universidade americana Johns Hopkins. Já morreram até agora 65,6 mil pessoas no país.

Na sequência, vem a Espanha, com mais que dobro de casos do Brasil, cerca de 216 mil contaminações. Lá, no entanto, o pico já passou, isto é, o número de novos casos vem diminuindo.

Isso permitiu o país começar a afrouxar o lockdown (quarentena severa, com proibição de sair à rua sem justificativa). Depois de mais de dois meses, os espanhóis puderam sair para praticar atividades físicas ao ar livre pela primeira vez neste sábado.

Itália, Reino Unido e França aparecem na sequência, com as situações mais severas da Europa e do mundo.

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