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SP vacinará jovens para conter casos de sarampo

Em alerta com a recente confirmação de novas infecções, o Município quer imunizar 2,9 milhões de jovens até julho


Por Estadão Conteúdo Publicado 29/05/2019
Novo caso de sarampo em São Paulo acende alerta e governo já teme surto
Foto: Pexels

Após confirmar mais sete casos de sarampo nas últimas duas semanas e chegar a 14 registros confirmados da doença no ano, a cidade de São Paulo fará uma campanha de vacinação extraordinária voltada ao público de 15 a 29 anos. Em alerta com a recente confirmação de novas infecções, o Município quer imunizar 2,9 milhões de jovens até julho.

A iniciativa da campanha foi encabeçada pela Secretaria Estadual da Saúde , após a confirmação de novos casos na capital – incluindo dois surtos localizados: um em Higienópolis, na região central, e outro na zona leste. No último, a principal suspeita é de que os casos sejam autóctones – cuja transmissão ocorreu internamente.

“Há dez dias tivemos uma conversa com o Ministério da Saúde e sinalizamos a preocupação com esses casos em São Paulo. Já tínhamos essa preocupação com o Município porque ele é a principal porta de entrada do País, com grande circulação de pessoas de todo o mundo”, explica Regiane de Paula, diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria Estadual da Saúde.

A estratégia de vacinar jovens e adultos surgiu após o órgão analisar os índices de cobertura vacinal nos diferentes grupos etários. “Observamos que são as pessoas de 15 a 29 anos que tiveram menos acesso à segunda dose da vacina quando crianças, então focaremos nesse grupo mais vulnerável”, diz Regiane. A vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba, deve ser aplicada idealmente aos 12 meses e aos 15 meses de vida, mas muitas crianças acabam não retornando para receber a segunda dose do imunizante.

Após o apelo do governo estadual, o ministério se comprometeu a enviar 3,5 milhões de doses extras da vacina (além das repassadas regularmente para a imunização de bebês) para a campanha voltada para adolescentes e jovens. “A gente vai fazer essa campanha especificamente para São Paulo porque um surto ou epidemia na cidade seria de altas proporções”, declarou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, confirmando o envio das doses extras para a capital.

A ação de imunização será iniciada no dia 10 de junho e vai até 12 de julho. A vacina estará disponível gratuitamente em todos os postos de saúde da cidade. O Dia D da campanha, quando os postos abrem aos sábados para imunizar a população, ocorrerá no dia 29 de junho.

Casos
Segundo a diretora do CVE, dos 14 casos confirmados em São Paulo, sete ocorreram dentro de uma mesma família, moradora de Higienópolis, após um dos membros ser infectado pelo vírus em Israel e retornar ao Brasil. Os casos são considerados importados por terem começado com um paciente infectado fora da cidade.

Outros cinco casos são referentes a um surto iniciado pela infecção de um professor universitário que trabalha em uma faculdade na zona leste. Ele transmitiu a doença para três frequentadores da mesma universidade e para um profissional de saúde que atuou em seu tratamento. A filha desse profissional, um bebê de 8 meses, também foi infectada. Esses casos estão sendo investigados como autóctones, pois o professor afirma que não se deslocou para outras regiões.

Por fim, há o caso de uma criança contaminada durante viagem a Noruega. Todos os 14 pacientes evoluíram bem. Não há registro de óbitos por sarampo na cidade nem no Estado. Além dos 14 casos na capital, o Estado registrou 21 relatos em Santos e um em Osasco

A campanha
Período e locais – De 10 de junho a 12 de julho nos postos de saúde da capital. As unidades estarão abertas também no sábado, dia 29 de junho, para o Dia D da campanha.

Público-alvo – Jovens de 15 a 29 anos moradores da cidade de São Paulo.

O que levar – Documento de identidade e carteira de vacinação. Se você perdeu a carteira ou não lembra se foi vacinado quando criança,

deve procurar um posto de saúde para ser imunizado.

Meta – Vacinar 2,9 milhões de pessoas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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