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Após novos casos, China fecha mercado em Pequim e bloqueia áreas próximas

O surto - ocorrido mais de 50 dias após o último caso local na cidade de 20 milhões de pessoas - mostrou como o vírus ainda pode voltar


Por Estadão Conteúdo Publicado 13/06/2020
urgente

O maior mercado atacadista de alimentos em Pequim foi fechado, e a polícia impôs bloqueio às áreas que o circundam neste sábado (13), depois que mais de 50 pessoas deram positivo para o novo coronavírus na capital chinesa.

O surto – ocorrido mais de 50 dias após o último caso local na cidade de 20 milhões de pessoas – mostrou como o vírus ainda pode voltar à medida que as restrições são atenuadas. Autoridades impuseram bloqueio a 11 comunidades residenciais perto do mercado de Xinfadi, cerca de 3 quilômetros a sudeste do local turístico do Templo do Céu. Policiais eram vistos colocando cercas brancas no local para fechar uma estrada que leva a um conjunto de prédios de apartamentos.

Membros do Partido Comunista e voluntários estavam sendo mobilizados para comprar comida e outras necessidades diárias para os moradores afetados, disse o jornal Beijing News em um post de mídia social. Não ficou claro imediatamente quantas pessoas vivem nas 11 comunidades.

Do lado de fora do mercado, policiais paramilitares de uniforme verde erguiam barricadas de veículos e bloqueavam as entradas. Algumas pessoas foram autorizadas a entrar depois de exibir documentos nos pontos de verificação.

Autoridades de Pequim disseram que 45 trabalhadores no mercado deram positivo para o novo coronavírus, apesar de não apresentarem sintomas. Isso ocorreu além dos sete casos anteriores de pessoas com sintomas que haviam visitado ou trabalhado no mercado. A China não inclui casos assintomáticos em sua contagem oficial de casos. Inspetores coletaram 1.901 amostras de carne, superfícies, caixotes de lixo, cabos e outros objetos no mercado e 40 deram positivo, disseram as autoridades.

O Beijing News, citando o chefe do mercado de Xinfadi, disse que o vírus foi encontrado em uma tábua de cortar salmão importado. Isso levou várias redes de supermercados a remover salmão de suas prateleiras, informou outro jornal, o Beijing Youth Daily.

A atenção se voltou ao mercado após a descoberta dos três primeiros casos na quinta e sexta-feira. Duas das pessoas infectadas passaram pelo mercado e a terceira trabalhava com uma delas em um instituto de pesquisa de carne nas proximidades, de acordo com relatos da mídia chinesa.

Autoridades da cidade disseram que todos os trabalhadores do mercado seriam testados para o coronavírus. Eles também ordenaram o teste de amostras de alimentos e ambientais de todos os mercados atacadistas de alimentos da cidade e inspeções de segurança alimentar em restaurantes e supermercados.

Pequim, que gradualmente voltava ao normal, reverteu alguns movimentos recentes de relaxamento das restrições para conter o novo coronavírus. Os planos para reabrir as escolas primárias de 1ª a 3ª séries nesta segunda-feira foram arquivados, e eventos esportivos foram cancelados. O Centro Nacional de Artes Cênicas, que havia acabado de reabrir em 2 de junho, fechou novamente, de acordo com o The Paper, um meio de comunicação chinês. Fonte: Associated Press.

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