Governo de SP diz que capital teve queda aguda em casos confirmados da covid-19
Nesta segunda (6) foram registrados 2.891 novos casos no estado; destes, a menor parte (12,4%) foi contabilizada na capital
O secretário de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, Marco Vinholi, disse, em entrevista nesta terça-feira (7), que a capital paulista apresentou queda aguda no número de casos confirmados do novo coronavírus.
“O que vimos no início colocava casos e óbitos majoritariamente na capital. No último período, houve inversão dessa lógica com a interiorização da pandemia -quase 60% dos casos foram registrados ontem [segunda-feira, 6] no interior do estado.”
Nesta segunda (6) foram registrados 2.891 novos casos no estado. Destes, a menor parte (12,4%) foi contabilizada na capital, enquanto o interior foi responsável por 70,87%. Os municípios da Grande São Paulo somaram 16,6%.
De acordo com o comitê, o estado já esteve em situação pior. A secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen, ressaltou que a queda de casos no estado é de cerca de 10%, enquanto à redução de mortes foi de 1,6%.
No último dia 22 de julho, municípios do interior do estado ultrapassaram pela primeira vez a capital em número de pessoas infectadas. Na ocasião, o secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann, disse que esse movimento já era esperado. Fato ressaltado por Vinholi nesta terça (7).
Segundo o secretario de Desenvolvimento Regional, o espalhamento do novo coronavírus já se encontra estabilizado no estado. Situação que pode ser explicada, segundo Patrícia Eller, pela estabilização da taxa de isolamento na capital e em municípios da região do ABC e da Grande São Paulo.
Apesar de as ruas parecerem mais cheias, Eller aponta que a taxa de isolamento se mantém estável. Um dos índices utilizados para a sua medição é o monitoramento do isolamento de funcionários em cada setor econômico, como o de comércio.
“Estamos falando de 2 milhões de pessoas no comércio. Já na educação, seriam 13 milhões. Como a retomada é gradual, nem todos os profissionais voltam ao trabalho. Ainda que retornassem, os clientes entram em uma loja, compram o produto e saem, já no setor da educação as pessoas ficam no local. Por isso vemos essa diferença no impacto [da doença]”, disse.
O comitê atribui a estabilização da taxa de isolamento ao plano de retomada econômica estadual, chamado de Plano SP. Havia uma queda no isolamento, que foi recuperada após o início da reabertura.
Com o avanço das cidades na flexibilização da quarentena e o equilíbrio da taxa de isolamento, São Paulo estuda reabrir parques urbanos, temáticos e de preservação já na próxima segunda-feira (13). A decisão, no entanto, será divulgada na sexta (10).
De acordo com Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência da covid-19, caso se confirme a reabertura dos parques, aglomerações e grandes grupos não serão permitidos nos locais.
O comitê indica que o nível de contágio em áreas ao ar livre é baixo e que ainda não há evidência na literatura médica de que o vírus, de fato, seja transmitido pelo ar.
“O Centro de Contingência está avaliando a questão dos parques sob a luz dessas informações e de experiências de outros países que estão reabrindo seus parques e estudando o impacto disso em uma eventual segunda onda”, disse.
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