Alemanha volta a sofrer com maldição do 7 a 1 e cai na fase de grupos da Copa
Pela segunda vez na história, os tetracampeões não passaram da fase de grupos; os alemães repetiram uma marca negativa da Itália
Quando o telão do estádio Al Bayt, em Al Khor, mostrou a classificação do Grupo E da Copa do Mundo, aos 3 minutos do segundo tempo, um clima de apreensão abateu os jogadores da Alemanha durante o jogo contra a Costa Rica.
Naquele instante, o Japão havia acabado de empatar o duelo com a Espanha e, mesmo com a vitória parcial dos alemães, os tetracampeões estavam sendo eliminados.
Antes que eles pudessem se recompor, mais um baque. Três minutos depois, o Japão virou sobre os espanhóis no estádio Khalifa, em Rayyan.
A Alemanha já não dependia mais de suas próprias forças para avançar às oitavas de final. E viu a situação ficar ainda pior em um intervalo de 25 minutos, quando Tejeda e Vargas viraram para os costarriquenhos, respectivamente, aos 13 e aos 25.
Hahavertz ainda conseguiu reverter o placar novamente, aos 28 e aos 40, e Füllkrug, ampliou nos acréscimos, mas o 4 a 2 não foi suficiente para os alemães. Pelo Grupo E, classificaram-se Japão e Espanha. Os japoneses ficaram com a primeira colocação graças a vitória por 2 a 1 sobre os espanhóis.
Pela segunda vez na história, os tetracampeões não passaram da fase de grupos. Os alemães repetiram uma marca negativa da Itália. Campeões em 2006, os italianos também caíram na primeira fase em 2010 e 2014.
Nas últimas duas edições, a Azzurra nem sequer conseguiu se classificar.
Desde a conquista do tetracampeonato no Brasil, quando derrotou a Argentina no Maracanã, os alemães vivem seus piores momentos no torneio. Em 2018, pela primeira vez, nem sequer passaram da fase de grupos. No Qatar, novamente de forma inédita, perdeu as duas primeiras partidas e se despediu com apenas uma vitória.
Assim que a bola rolou em Al Khor, a partida entrou para a história como a primeira de um Mundial com arbitragem de campo formada por mulheres. O duelo foi apitado pela francesa Stéphanie Frappart, com a brasileira Neuza Back e a mexicana Karen Diaz como auxiliares.
Em meio a uma edição duramente criticada por ser realizada em um país que viola direitos das mulheres, a presença delas no duelo tem um significado forte.
Neuza atuou no primeiro tempo no ataque da Costa Rica. Nos 15 minutos iniciais, teve menos trabalho do que a mexicana, pois os alemães quase não deixaram espaço para o adversário até conseguir o primeiro gol.
A pressão deu resultado logo aos 10 minutos, quando David Raum cruzou da esquerda e colocou a bola na cabeça de Gnabry para o camisa 10 apenas desviar para o gol.
Só faltou mais pontaria para ampliar o placar antes do intervalo. Ao todo, os alemães tiveram mais 13 tentativas, sendo quatro com grande perigo para Keylor Navas.
Acuada e tentando explorar contra-ataques, a Costa Rica teve apenas uma chance nos 45 minutos iniciais. Mas quase empatou aproveitando falhas de Raum e Rudiger que deixaram Fuller cara a cara com Neuer. Mas o autor do gol da vitória sobre o Japão, desta vez, chutou por cima da meta.
Depois do intervalo, ficou mais equilibrado, com as duas equipes criando boas chances. Principalmente quando chegava no estádio alguma informação em relação à outra partida da chave.
Aproveitando um momento de abatimento dos alemães, a Costa Rica chegou a virar o placar. Primeiro, empatou com Tejeda, aos 13. Depois, virou com Vargas, aos 25.
Para ao menos não deixar o Qatar sem uma vitória, os alemães voltaram a lutar na partida. Três minutos depois, conseguiram empatar, com Kai Havertz, que também marcou aos 40. Füllkrug fechou a conta nos acréscimos, mas já era tarde.
Valeu apenas pela honra da equipe.
✅ Curtiu e quer receber mais notícias no seu celular? Clique aqui e siga o Canal eLimeira Notícias no WhatsApp.