Morte em massa de botos no Amazonas preocupa; calor é apontado como causa
As ações estão concentradas no monitoramento dos animais vivos e no recolhimento e na necrópsia das carcaça
A equipe que participa da ação emergencial de acompanhamento e possível retirada dos botos vermelho e tucuxi do Lago Tefé, no Amazonas, encontrou mais dez carcaças, segundo balanço divulgado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá.
As carcaças, em sua maioria em decomposição, estão para necrópsia.
Até o momento, as altas temperaturas na região estão sendo apontadas como a principal causa da morte de mais de 130 botos no Lago Tefé.
As informações são da Agência Brasil.
Dados do monitoramento das condições do lago no final da tarde de quinta-feira (5) mostraram que a temperatura da água chegou a 38°C.
Morte em massa de botos no Amazonas
Vários peixes mortos encontrados próximos a uma mancha identificada há alguns dias com uma floração de algas. Há a possibilidade de elas estarem liberando algum tipo de toxina.
Veterinários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) especializados em reabilitação de animais silvestres chegaram no local para auxiliar no atendimento aos botos.
A equipe do Centro de Triagem do Ibama vai trabalhar em conjunto com outros órgãos que já atuam na emergência ambiental.
Também enviadas, todavia, quatro piscinas infláveis pela ONG Sea Shepherd Brasil, de São Paulo, utilizadas para garantir a sobrevivência dos animais impactados pela seca extrema e aumento da temperatura da água no lago.
Um Comando de Incidentes (CI) está instalado em Tefé, com a coordenação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com o apoio do Instituto Mamirauá e o Instituto de Proteção Ambiental da Amazônia (IPA/AM).
As ações se concentram, porém, no monitoramento dos animais vivos e no recolhimento e na necrópsia das carcaças, além de coleta de amostras para análise das possíveis causas do incidente e outras variáveis ambientais.
“Cabe destacar, em suma, que protocolos sanitários são adotados para a destinação das carcaças. Alguns animais estão feridos pelas lâminas dos barcos a motor, pois não há profundidade para mergulharem o suficiente para escapar das hélices. O ICMBio, portanto, segue reforçando as ações para proteger as espécies”, informou o órgão ambiental.
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