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Por reforma em praça Maria Buzolin, Botion dá 30 dias para trailers deixarem o local

Comerciantes da praça da Avenida Maria Buzolin foram informados da medida em reunião com secretário e afirmam que prazo dado é inviável para a instalação em outro lugar


Por Redação Educadora Publicado 10/05/2022
Comerciantes mais antigos e com tributos em dia voltarão para a Praça da Buzolin
Foto: Roberto Gardinalli

Donos de trailers de lanches, doces, bebida e outros que estão na Praça João Soares Pompeu (Maria Buzolin), no Jardim Piratininga, em Limeira, há pelo menos 25 anos podem perder o espaço que possuem. O futuro dos comerciantes da conhecida “pracinha da Maria Buzolin” se tornou incerto após a Prefeitura de Limeira notificar os comerciantes do local para que os carrinhos sejam retirados dali em até 30 dias para que uma reforma na praça seja iniciada. O documento foi entregue aos comerciantes durante uma reunião realizada com o secretário da Fazenda de Limeira, José Aparecido Vidotti na manhã desta terça-feira (10).

De acordo com os comerciantes, eles foram informados da necessidade da remoção dos carrinhos, mas afirmam que não foram passadas informações sobre a reforma e prazos, e que só foram notificados da necessidade da retirada dos trailers ou “medidas seriam tomadas”. Além disso, eles dizem que não foi sugerido novo espaço para os carrinhos e que, caso eles fossem para outro local, seria necessário fazer um novo pedido de autorização para a instalação dos trailers em outro lugar.

“Nós fomos informados nessa reunião que temos os 30 dias para retirar os trailers de lá, senão vamos sofrer uma punição, provavelmente, vai ser guinchado e que depois desse prazo, a empresa que ganhou a licitação vai começar a reforma. A gente perguntou para onde a Prefeitura vai mandar a gente e a resposta que tivemos foi ‘cada um vai para onde quiser’”, disse Josias Júnior, um dos comerciantes que possui um trailer na praça há cinco anos.

Segundo a notificação, os trailers devem ser removidos de lá para “evitar que danos desnecessários aconteçam e para que não obstruam os serviços a serem realizados”. Além disso, o documento cita que a retirada dos carrinhos de lá não caracteriza o fim das atividades dos comerciantes. De acordo com o documento, os comerciantes podem “apresentar o pedido de alterações do endereço, o qual será analisado pelo secretário de fiscalizações e, sendo o caso, devidamente autorizado pelas secretarias de Fazenda e de Mobilidade Urbana”, cita a notificação.

Josias Júnior afirmou, ainda, que eles foram informados pelo secretário que depois do fim das obras, novas regras para a instalação dos trailers no local vão ser criadas, e quem tiver interesse em continuar com o comércio na praça, deverá pedir uma nova autorização à Prefeitura. “Nos foi imposto ‘vocês têm 30 dias para sair, a partir de agora é vocês por vocês mesmo’”, disse o comerciante. “Eu falo por mim, eu pago imposto como todo mundo, tenho firma aberta desde que eu coloquei meu trailer lá. Esperei sete meses até sair minha autorização da Vigilância Sanitária. Do dia para a noite você tira emprego, renda de dezenas de famílias. É uma coisa afrontosa”, desabafou.

“Em uma das primeiras reuniões que fizemos sobre a reforma, o próprio Mario Botion (PSD) desenhou o projeto na nossa frente. Na época, ele disse que não podia mostrar o projeto inteiro porque o Matias Razzo (secretário de Urbanismo) não estava na Prefeitura e ele não tinha acesso ao projeto todo. Aí ele desenhou na nossa frente os detalhes que ele lembrava”, disse Josias Júnior. “Nós não somos contra a reforma, nós sempre pedimos, inclusive, para que banheiros fossem construídos ali. Mas a forma como eles estão fazendo não é justa”, finalizou.

Outros comerciantes da região ouvidos pela Educadora afirmam que faltou transparência por parte da Prefeitura, e que o prazo dado para as alterações é inviável, já que além das alterações de endereço e cadastro, eles precisariam resolver questões como a instalação dos serviços de água, esgoto e energia elétrica no novo local. A Prefeitura de Limeira foi questionada sobre a situação dos comerciantes da praça, mas não respondeu até a publicação da reportagem.

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