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Papa Francisco defende paridade salarial por gênero no Dia Internacional da Mulher

De acordo com dados da Santa Sé, a quantidade de mulheres que trabalham na Cúria Romana -isto é, a administração da Igreja Católica- quase triplicou desde a eleição de Francisco em 2013


Por Folhapress Publicado 08/03/2023
Papa Francisco defende paridade salarial por gênero no Dia Internacional da Mulher
Foto: Vatican News

O papa Francisco condenou a disparidade salarial entre homens e mulheres e defendeu a igualdade de oportunidades para elas em uma pensata divulgada pelo site oficial do Vaticano nesta quarta-feira (8), quando se celebra o Dia Internacional da Mulher.


“Gosto de pensar que, se as mulheres tivessem acesso à igualdade de oportunidades, elas poderiam contribuir substancialmente para as mudanças necessárias para criar um mundo de paz”, afirma o pontífice no texto, que serve de prefácio ao livro “More Women’s Leadership for a Better World”, ou mais liderança feminina para um mundo melhor, publicado pela editora italiana Vita e Pensiero.


“É justo”, prossegue ele, “que elas possam expressar essas habilidades em todos os âmbitos, não apenas naquele familiar, e possam ser remuneradas de maneira equânime em relação aos homens ao desempenhar papéis iguais”.


A discussão sobre igualdade de gênero na Igreja Católica ganhou impulso na gestão do argentino, que levou mulheres a ganharem um protagonismo inédito no Vaticano.

De acordo com dados da Santa Sé, a quantidade de mulheres que trabalham na Cúria Romana -isto é, a administração da Igreja Católica- quase triplicou desde a eleição de Francisco em 2013, indo de 812 para 3.114. Sua presença em comparação com a de funcionários homens também aumentou em relação ao papado anterior, e foi de 19,3% para 26,1%.


O menor Estado independente do mundo, com menos de mil habitantes, diz inclusive ser o único em que há paridade absoluta de remuneração em termos de gênero.


Mesmo assim, as mulheres se queixam que o arcaísmo persiste intacto no catolicismo, seja na cúpula da igreja em Roma ou nas paróquias espalhadas pelo mundo. São as mulheres, geralmente irmãs consagradas, que servem padres, bispos e cardeais como empregadas domésticas, quase sempre sem nenhum direito reconhecido.


A possibilidade do diaconato feminino -primeiro degrau na ordenação na hierarquia católica, seguido por padres e bispos- também não avançou sob seu papado, embora o pontífice tenha criado uma comissão para discutir o tema em 2016.


Francisco também fez referência a elas durante sua missa semanal no Vaticano, também nesta quarta-feira. Na ocasião, abençoou as mulheres presentes e pediu uma salva de palmas a ela.

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