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Murilo Félix é investigado por desvio de verba de aluguéis e funcionária fantasma

Os pedidos de investigação são do Ministério Público, autorizados pela desembargadora Cristina Zucchi. O TJ teve que chancelar a investigação devido ao foro privilegiado que o deputado possui


Por Nani Camargo Publicado 13/06/2022

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) autorizou a instauração de dois Procedimentos Investigatórios Criminais (PIC) contra o deputado estadual Murilo Félix (Podemos).

Um dos casos envolve suspeitas de desvio de verbas públicas destinadas ao pagamento de alugueis de imóveis, em Limeira e em Torrinha, que deveriam ser usados pelo parlamentar como escritório político.

O segundo caso tem a ver com uma possível funcionária fantasma que ele manteria, irregularmente, nos quadros da Assembleia Legislativa de São Paulo, mas que, no entanto, teria um emprego fixo em uma universidade da capital Paulista.

TJ-SP AUTORIZOU A PROCURADORIA-GERAL DE SP A INVESTIGAR MURILO FELIX POR DENÚNCIAS


Os pedidos de investigação são do Ministério Público, autorizados pela desembargadora Cristina Zucchi. O TJ teve que chancelar a investigação devido ao foro privilegiado que o deputado possui.
O pedido de abertura da apuração foi encaminhado à Justiça pelo procurador Mario Antonio De Campos Tebet em maio.

A Procuradoria-Geral de Justiça considerou que os esclarecimentos do deputado estadual, prestados após diligências preliminares do órgão, não foram suficientes para as suspeitas em relação às denúncias fossem sanadas – Murilo Felix negou as irregularidades. As denúncias chegaram, inicialmente, ao MP de Limeira, de forma anônima.


Em relação aos imóveis, um deles fica no Jardim São Paulo, em Limeira, alugado pela Alesp, e o valor estaria acima do previsto em mercado. Além disso, em diligências feitas no local, se verificou que o imóvel não funcionaria como gabinete estendido do parlamentar e estaria vazio.

Este imóvel teria um aluguel mensal de R$ 7,2 mil, sendo que pela localidade e pelo tamanho da casa, o aluguel deveria ser cerca de R$ 2,2 mil, conforme pesquisas feitas pelo MP.

Também foi apurado que um dos imóveis alugados pela Alesp para atividades parlamentares de Murilo Felix estava em péssimas condições de uso. Ou seja, não servia para atividades políticas.


O parlamentar alegou ao MP que ‘não promoveu qualquer irregularidade nas práticas de seu ofício’, que ‘locou imóveis para constituição de seu gabinete de trabalho’, que todos eles ‘foram efetivamente utilizados para essa finalidade’ e que ‘os contratos não representaram qualquer descompasso mercadológico’.

À Procuradoria-Geral de Justiça, Murilo Felix apresentou contratos de locação dos imóveis, laudos de vistoria e fotos dos locais.

FELIX TAMBÉM É INVESTIGADO POR FUNCIONÁRIA FANTASMA


A denúncia em relação a funcionários fantasmas, o caso que mais chama a atenção do MP é o de Aline Pizani da Silva, que atuou no gabinete de Murilo Felix, entre agosto de 2021 e março de 2022. No entanto, desde 2014, ela também é funcionária fixa da UNICID, conforme apontam documentos.

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