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Pedida Comissão Processante contra Isabelly Carvalho pelo discurso ‘fim da bancada da bíblia’

No documento, os munícipes afirmam que a fala da vereadora foi "de cunho preconceituoso e discriminatório"


Por Carlos Gomide Publicado 15/12/2022

O líder do movimento “Vamos Salvar Limeira”, Reginaldo Ribeiro, protocolou na Câmara Municipal, durante a tarde desta quarta-feira (14), o pedido de abertura de uma Comissão Processante (CP) contra a vereadora Isabelly Carvalho (PT).

O documento é assinado, também, por Vilson Fonati, que é pastor evangélico.

O caso envolve um discurso feito pela petista no dia da eleição da Mesa Diretora do Legislativo.

Eleita vice-presidente da Câmara para o biênio 2023-2024, a petista declarou voto na chapa comandada por Everton Ferreira (PSD) – futuro presidente da Câmara de Limeira e que foi apoiado pelo prefeito Mario Botion (PSD).

Como Isabelly faz oposição ao governo, seu voto ao grupo da base aliada gerou críticas. Ao discorrer em plenário porque optou em votar em Everton, disse que tinha “convicção” do seu voto, que votava “pela democracia”, “pelas mulheres” (já que no grupo que apoiou Everton estavam todas as parlamentares mulheres) e, também, “pelo fim da bancada da bíblia”.

A petista chegou a ser vaiada em plenário e o vídeo com o trecho do discurso viralizou na internet.

No documento, os munícipes afirmam que a fala da vereadora foi “de cunho preconceituoso e discriminatório, o que perfaz incitar a discriminação ou preconceito, em face das pessoas que expressam a sua fé e sua religião, tendo a Bíblia Sagrada como objeto de culto religioso. Quando a vereadora refere-se no seu pronunciamento “Fim da bancada da Bíblia”, ela direciona sua fala a parte da população da cidade de Limeira, que tem a sua crença e sua religião, e votou em vereadores, dos quais os representa”.

“FIM DA BANCADA DA BÍBLIA”

No final da sessão, Isabelly tentou explicar o que quis dizer quando citou a bíblia. “Quando utilizei bancada da bíblia, não quis falar da bíblia. A bíblia, até para quem é ateu, é um importante livro sócio-histórico, que deve ser lido por todos e todas (…). A bíblia é também uma fonte de conhecimento. Não foi em referência ao livro sagrado ou à religião. Me referi à conduta de alguns”, declarou.

REPERCUSSÃO

O voto de Isabelly na chapa de Everton gerou reação dentro do próprio Partido dos Trabalhadores de Limeira, que, em nota, informou não concordar com o posicionamento da parlamentar. “Informamos que o voto da vereadora Isabelly Carvalho não representou o posicionamento da Executiva Municipal do PT de Limeira e suas lideranças”.

O Sindsel (Sindicato dos Servidores Municipais) também desaprovou a conduta da petista. “Nós servidores sabemos o quanto sofremos na pele com a atuação desta gestão do executivo municipal, e de maneira alguma podemos defender qualquer tipo de aliança, proximidade ou fortalecimento deste atual governo, devendo sempre ser oposição e garantir conquistas a toda categoria”, diz comunicado do sindicato.

Na última segunda-feira (12), Isabelly falou com o Educadora Meio Dia sobre sua fala:

Quando utilizei bancada da bíblia, não quis falar da bíblia. A bíblia, até para quem é ateu, é um importante livro sócio-histórico, que deve ser lido por todos e todas (…). A bíblia é também uma fonte de conhecimento. Não foi em referência ao livro sagrado ou à religião. Me referi à conduta de alguns

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