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Idosa acamada fica 6 horas à espera de remoção do Hospital Medical/HapVida em Limeira

Família procurou Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência no final da tarde desta terça-feira (22) e pede providências


Por Carlos Gomide Publicado 22/03/2022
Foto: Roberto Gardinalli

A família de uma idosa, de 88 anos, procurou a Polícia Civil de Limeira no final da tarde desta terça-feira (22), para comunicar que a mulher, que é acamada, ficou por mais de seis horas à espera de remoção, depois de receber alta médica do Hospital Medical/Hapvida ainda na manhã de terça.


Segundo familiares, no começo da manhã de terça, a idosa apresentou um sangramento insistente na gengiva, o que motivou o encaminhamento da mulher para o pronto atendimento do hospital. “Fomos de Samu, pois ela não anda, não se alimenta sozinha e tem uma sonda enteral (para alimentação)”, frisou.

A consulta, segundo a filha, ocorreu de forma normal. O problema foi logo após a alta, por volta das 10h, quando a família requisitou transporte especializado para a idosa. “É direito dela. Eles tinham que ter providenciado o transporte para a minha mãe, mas ficavam me enrolando. Eu ia de meia em meia hora lá, pedindo para que a ambulância fosse providenciada, mas nada de ela chegar”, contou a filha, que trabalha como monitora de creche.


Foram mais de seis horas de espera até que uma viatura de uma empresa particular fosse levar a idosa para casa junto com o neto. Neste período, a mulher acionou a Guarda Civil Municipal duas vezes. Durante o tempo de permanência no hospital, a idosa ficou sem alimentação e água. “Como o sangramento foi percebido quando a cuidadora foi alimentá-la logo após ela acordar, minha mãe ficou das 20h de segunda-feira (21) até as 16h de terça (22) sem ser alimentada. Nem água deram para ela. E não foi falta de pedir; fui atrás de nutricionista e falei que uma idosa naquela condição não podia ficar sem alimentação tanto tempo”, disse a filha.


Ao insistir com a assistente social do hospital para que a mãe fosse transportada para casa, a funcionária pública foi aconselhada a colocar a mãe no banco de trás do carro e levá-la embora. “Ela [funcionária do hospital] me disse que como eu estava com tanto pressa, era para colocar minha mãe no carro e levá-la para casa. Ai, perguntei como que a colocaria e ela disse que pediria para dois enfermeiros me ajudarem. Você imagina, eu dirigindo e uma mulher acamada solta no banco de trás”, questionou a mulher.


Segundo o que foi apurado pela reportagem, a assistente social do hospital teria prometido uma solução, que só foi dada quando os agentes da GCM foram pela segunda vez à unidade de saúde. Porém, antes de sair, mais constrangimento. Quando a ambulância chegou, a paciente estava molhada de urina e sem fralda, pois as que a filha havia levado já tinham sido usadas. “Levei três fraldas, mas não achei que ela ia ficar tanto tempo lá. Quando pedi para arrumarem uma para ela, disseram que não poderiam. A família de um outro paciente teve de me emprestar para que a minha mãe pudesse entrar na ambulância”, relatou a filha.

Do hospital, a monitora foi direto para o 1º Distrito Policial, no Centro, onde o caso foi registrado. “Eu vou até o fim contra a Medical e se ganhar, vou fazer a doação para alguma entidade assistencial”, comentou a mulher. Ela ainda disse que deve procurar a Prefeitura nesta quarta-feira para comunicar o ocorrido. “Ele [prefeito Mario Botion – PSD] precisa saber como é o plano de saúde que ele paga para os funcionários da Prefeitura”, finalizou.

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